
BNDES e Ministério das Cidades projetam expansão em 2.500 km de linhas de transporte coletivo até 2054
Boletim Informativo nº 4 do Estudo Nacional de Mobilidade Urbana propõem novos trechos de metrôs, trens, veículos leves sobre trilhos (VLT) e bus rapid transit (BRT) em 21 regiões metropolitanas. Atualmente, a rede de transporte público nessas localidades tem 2.007 km
16 de julho de 2025
As 21 maiores regiões metropolitanas (RMs) do país tem potencial para ampliar em cerca de 2.500 quilômetros as redes de transporte público coletivo de média e alta capacidade (TPC-MAC) até 2054. Segundo o Boletim Informativo nº 4 do Estudo Nacional de Mobilidade Urbana (ENMU), realizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Ministério das Cidades, as Redes Futuras de transporte incluem novos trechos de metrôs, trens, veículos leves sobre trilhos (VLT), bus rapid transit (BRT) e corredores exclusivos de ônibus.
O estudo prevê mais 323 km de linhas de metrô, 96 km de trens urbanos, 1.930 km de sistemas de BRT, VLT ou monotrilho, e 157 km de corredores de ônibus. Atualmente, as 21 RMs pesquisadas, distribuídas nas cinco regiões do país, têm 2.007 km de rede de transporte público. São elas: Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba, Santos, Campinas, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Vitória, Goiânia, Distrito Federal, Salvador, Maceió, Recife, João Pessoa, Natal, Teresina, São Luís, Fortaleza, Belém e Manaus.
Nesta etapa foram avaliados 400 planos e projetos identificados no Boletim Informativo nº 3, divulgado em março deste ano. Do total, quase 200 projetos com foco em sistemas de transporte coletivo de média ou alta capacidades (TPC-MAC) têm demanda suficiente e serão capazes de ampliar o acesso da população nos próximos 30 anos.
“Estamos fortalecendo o planejamento urbano com base em dados concretos, que nos permitem identificar prioridades e orientar ações de médio e longo prazo. Nosso foco, com a mobilidade urbana, é tornar o transporte coletivo mais eficiente, dinâmico e sustentável, assegurando qualidade de vida à população. Reduzir o tempo de deslocamento, com conforto e segurança, transforma a forma como as pessoas vivem, acessam oportunidades e se relacionam com as cidades”, afirmou o ministro das Cidades, Jader Filho.
“O investimento em corredores de transporte mais eficientes é uma política pública necessária para ampliar o acesso a oportunidades e melhorar a qualidade de vida das pessoas, especialmente das populações mais carentes. Além disso, contribui para o aumento da produtividade e a dinamização da economia nas grandes cidades”, afirmou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
O Boletim Informativo nº 4 apresenta também o incremento potencial na cobertura dos serviços para população, com efeitos progressivos no atendimento às populações mais carentes. Com a implantação das Redes Futuras propostas pelo ENMU, mais de 80% das RMs atingiriam 30% de toda a população residente no raio de até 1 km de estações de TPC-MAC, sendo que as RMs da Baixada Santista, Belo Horizonte, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo atingiriam acima de 40%. Atualmente, a média da cobertura, considerando as 21 RMs, é de 13% da população.
Boletim Informativo nº 5 – Entre junho e agosto, o foco do ENMU será a elaboração do Banco de Projetos, com o detalhamento dos quase 200 projetos de TPC-MAC que compõem as Redes Futuras. Essa etapa incluirá as estimativas de investimentos, custos, receitas, benefícios e as avaliações econômicas e financeiras preliminares. Esse conjunto de informações contribuirá para o planejamento de médio e longo prazo dos entes públicos, permitindo uma análise estratégica para priorização dos investimentos em cada localidade.
O Boletim Informativo nº 4, com os resultados parciais do ENMU, já está disponível.
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Fonte: BNDES