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Foto: Bruno Peres/Agência Brasil

PIX entre empresas: especialista indica erros comuns que podem gerar problemas fiscais

Especialista alerta sobre riscos na utilização do Pix por empresários e como evitar fiscalização da Receita Federal

9 de julho de 2025

O uso do Pix se consolidou como uma das principais formas de pagamento no Brasil, inclusive entre empresas. No entanto, apesar da praticidade, muitos empresários ainda cometem erros na forma de utilizar e documentar essas transações, o que pode resultar em problemas fiscais, multas e até fiscalização da Receita Federal.

Segundo o contador Wagner Arnaud, especialista em gestão contábil, o principal risco está na falta de organização e no desconhecimento sobre como as informações são cruzadas pela Receita. “Hoje, a Receita Federal tem acesso direto aos dados enviados pelas instituições financeiras. Toda movimentação superior a R$ 15 mil mensais para empresas pode ser monitorada. E o que mais temos visto é o uso inadequado do Pix, sem nota fiscal ou registro contábil correto”, alerta.

Um dos erros mais comuns é a mistura entre contas pessoais e empresariais. Muitos empresários utilizam contas de pessoa física para receber pagamentos relacionados ao negócio, o que dificulta o controle contábil e levanta suspeitas de sonegação. Outro ponto recorrente é a ausência de documentação adequada. Não é raro encontrar transações via Pix que não estão associadas a uma nota fiscal ou que foram classificadas de forma errada no sistema contábil.

De acordo com Wagner Arnaud, esse cenário se torna ainda mais sensível diante do aumento do uso do Pix em vendas e prestação de serviços. “A tecnologia chegou antes da cultura de organização. O empresário precisa entender que cada valor que entra ou sai via Pix precisa ser documentado e declarado de forma transparente, como qualquer outro tipo de transação”, explica.

Para evitar problemas com o Fisco, o especialista recomenda algumas medidas práticas: separar totalmente as contas bancárias de pessoa física e jurídica; classificar corretamente cada transação no sistema contábil (como vendas, adiantamentos, reembolsos etc.); emitir nota fiscal para cada recebimento; e manter os registros organizados e acessíveis para eventual fiscalização.

Wagner ainda destaca a importância de um acompanhamento contábil estratégico. “O contador não pode ser visto apenas como alguém que entrega obrigações. Ele precisa estar ao lado do empresário, ajudando a antecipar problemas e a construir uma gestão financeira segura e eficiente. No caso do Pix, um erro simples pode custar caro”, completa.

Fonte: Assessoria