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Foto: Freepik

Registro de imóveis avança na digitalização com IA e integração nacional até 2026

ONR promete certidões por IA a partir de agosto e integração total de cartórios até maio de 2026, reduzindo custos e burocracia

8 de julho de 2025

A modernização do registro de imóveis no Brasil ganhou novo ritmo com os projetos em andamento no Operador Nacional do Sistema Eletrônico dos Registros Públicos (ONR). Segundo o presidente da entidade, Juan Pablo Correa Gossweiler, o setor caminha para um salto tecnológico significativo.

“Já no próximo mês de agosto, vamos disponibilizar a certidão da situação jurídica atualizada do imóvel por leitura de inteligência artificial da matrícula”, afirmou em entrevista exclusiva ao jornalista Cândido Nóbrega, durante II Encontro de Direito Notarial e Registral da Paraíba, que pode ser conferida clicando aqui. Ele previu que até maio de 2026, todos os cartórios estejam integrados à plataforma nacional, consolidando a digitalização dos registros.

Juan Pablo proferiu palestra sobre Regularização Fundiária, tendo como debatedores a presidente do RIB/PB, Claudia Cristina Lima Marques, o registrador de imóveis da Comarca de Rio Tinto (PB), Fabio Rodrigo de Paiva Henriques, o registrador de imóveis de Campo Novo do Parecis (MT) e diretor de relações Internacionais do IRIB, José de Arimatéia Barbosa e o registrador de imóveis na Comarca de Paulista (PB), Danilo Rodrigues Martins.

Redução de custos e burocracia

Sobre os impactos diretos que essa transformação terá para a população e para o Poder público, asseverou que todos os serviços dos registros de imóveis estarão acessíveis pela plataforma do RI Digital, o que deve reduzir custos e burocracias. Além disso, órgãos públicos terão acesso a dados estruturados para planejar políticas públicas com mais precisão e velocidade. A promessa é de um setor mais ágil, transparente e alinhado às exigências de um país digital.

Entre as iniciativas em desenvolvimento, estão parcerias com instituições financeiras e prefeituras para eletronicamente viabilizar a escritura pública e o recolhimento do ITBI, o imposto pago por quem adquire imóvel. “Pretendemos que os documentos venham eletrônicos, em dados estruturados”, explica o presidente do ONR, reforçando que a eficiência do processo de registro é uma das metas centrais da sua gestão.

Tokenização de imóveis

Sobre isso, é categórico: “Não é algo juridicamente viável tirar o imóvel do registro e levá-lo ao mundo digital fora do ordenamento jurídico brasileiro”. Para ele, o caminho é outro: agilizar as negociações e os atos registrais com uso de dados eletrônicos. Com três pilares: integração nacional, digitalização em dados e plataformas acessíveis, a meta do ONR é clara: transformar o registro de imóveis em um serviço rápido, eletrônico e fácil de usar.

Fonte: Assessoria