
Nova Nota Fiscal entra em testes e exige preparação das empresas antes de 2026
Entenda como a reforma tributária impacta NF-e, NFC-e e a rotina fiscal de PMEs, varejistas e MEIs
2 de julho de 2025
A nova nota fiscal eletrônica, criada a partir da Reforma Tributária, entrou em fase de testes e será obrigatória a partir de janeiro de 2026. O modelo, que abrange tanto a NF-e (Nota Fiscal Eletrônica) quanto a NFC-e (Nota Fiscal do Consumidor Eletrônica), traz mudanças importantes que impactam diretamente empresas de todos os portes, com ênfase especial em PMEs, varejistas e MEIs.
Com o novo layout, todas as notas passarão a adotar um modelo padronizado em todo o país, incorporando os tributos recém-criados pela reforma, o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) e IS (Imposto Seletivo). A ideia é simplificar o sistema e facilitar a fiscalização, mas empresas que não se adequarem a tempo poderão ter notas rejeitadas automaticamente, o que compromete o faturamento e a operação.
Para Felipe Beraldi, economista da Omie, empresa de tecnologia e gestão empresarial, a mudança no layout das notas fiscais exige atenção imediata, e o papel do contador se torna ainda mais consultivo. “A tecnologia, aliada à capacitação, será determinante para transformar esse desafio em vantagem competitiva”, afirma.
O que muda na prática
Unificação do layout da NF-e e NFC-e, acabando com variações estaduais;
Inclusão dos novos tributos (IBS, CBS, IS) em campos obrigatórios;
Rejeição automática de notas com preenchimento incorreto ou ausente;
Necessidade de adaptação dos sistemas e treinamento das equipes.
Segundo especialista, as empresas que não atualizarem seus sistemas até o início de 2026 terão suas notas rejeitadas, o que pode gerar interrupções no caixa, perdas operacionais e até sanções legais. Segundo a Fenacon, erros como ausência de campos sobre IBS ou alíquota zerada do IBS municipal já são causas previstas para bloqueios.
“Essa fase de testes é uma oportunidade preciosa para empresas ajustarem seus sistemas com calma, testarem integrações e capacitar suas equipes. A recomendação é que contadores assumam uma postura ativa nesse processo”, explica Fabiano Azevedo, empresário contábil e parceiro Omie.
Para os contadores, a transição é também uma oportunidade de se posicionar como parceiro estratégico das PMEs. Com o suporte de plataformas como a Omie, eles podem oferecer consultoria tributária, adequação sistêmica e diagnósticos preventivos.
“A reforma tributária está mudando a forma como as empresas emitem, prestam contas e pensam sua gestão fiscal. Quem se adiantar agora, estará mais bem posicionado em 2026”, finaliza Beraldi.
Fonte: Assessoria