logo paraiba total
logo paraiba total
turnover
Foto: Divulgação

Pesquisa: turnover no setor de energia atinge 16,65% e revela pressão por talentos qualificados

Estudo com empresas do setor revela crescimento na rotatividade e aponta os desafios da retenção de talentos em meio à transição energética e digital

16 de junho de 2025

A mais recente edição da pesquisa da FESA Group, ecossistema único de soluções para Recursos Humanos, revelou que o índice médio de turnover no setor de energia chegou a 16,65% em 2024, registrando alta em relação aos 14,07% verificados no ano anterior (2023). O levantamento foi realizado com profissionais de 17 empresas, de diferentes segmentos do setor.

O estudo revela que a rotatividade de profissionais no setor de energia continua em alta, impulsionada pela busca por inovações tecnológicas, soluções sustentáveis, escassez de talentos qualificados e mudanças nas expectativas dos profissionais. Os segmentos com maior índice de rotatividade foram Geração Distribuída (27,8%), Comercialização (22,6%), Geração (17,7%) e Consultoria Técnica (17,4%), todos acima da média geral do setor.

A digitalização das operações, o avanço das fontes renováveis e os desafios regulatórios têm gerado instabilidade e, consequentemente, impulsionando movimentações no mercado de trabalho. Ao mesmo tempo, o perfil do consumidor mudou: mais exigente, consciente e atento à sustentabilidade, o que acelera a necessidade de transformação nas empresas.

Soma-se a isso o cenário de escassez de talentos técnicos e estratégicos, especialmente em áreas críticas como projetos, tecnologia e gestão. Entre as novas expectativas dos profissionais, a pesquisa destaca a busca por mais flexibilidade, propósito, desenvolvimento contínuo e uma cultura de aprendizado. Esse movimento tem pressionado as empresas a reavaliarem seus modelos de gestão de pessoas, criando ambientes mais atrativos, com oportunidades reais de crescimento e engajamento.

Para Débora Celeti, responsável pela pesquisa e sócia da FESA Group especialista nos setores de Energia, Indústria e Infraestrutura, o cenário exige uma resposta estratégica por parte das lideranças. “Estamos diante de um mercado aquecido, mas com escassez de profissionais especializados. Reter talentos vai além de manter colaboradores na empresa, é sobre inspirar, criar um ambiente com propósito e investir em lideranças capazes de gerar conexões genuínas.”, explica.

A pesquisa também traz dados inéditos sobre absenteísmo, analisado com maior profundidade nesta edição. Os resultados apontam que a combinação entre ausências frequentes e presenteísmo — quando o colaborador está presente, mas com baixa produtividade — tem afetado diretamente a performance das empresas. Entre os principais fatores associados, destaca-se a sobrecarga emocional e, sobretudo, a saúde mental, que lidera o ranking de causas para faltas e ausências, ocupando o 1º lugar entre os 8 fatores analisados. Também ganham relevância a gestão ineficaz de benefícios, a falta de flexibilidade e as dificuldades de liderança, evidenciando a necessidade de uma abordagem mais estratégica na gestão de pessoas.

Débora destaca que, para enfrentar esse cenário desafiador, é essencial que o RH assuma um papel estratégico, atuando como parceiro do negócio, investindo no desenvolvimento de lideranças, na construção de uma cultura organizacional consistente e em planos de carreira alinhados às expectativas dos profissionais. “Empresas que oferecem uma experiência positiva para o colaborador, com foco em bem-estar, reconhecimento e desenvolvimento contínuo, têm mais chances de engajar seus talentos e reduzir os impactos da rotatividade nos resultados do negócio”, conclui.

Fonte: Assessoria