
Novo modelo de NF-e entra em fase de testes em 1º de julho e exige atenção de empreendedores
Atualização deve impactar diretamente o dia a dia de milhares de PMEs que ainda não se prepararam para a transição
16 de junho de 2025
A emissão da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), documento digital que formaliza as operações de venda de produtos no país, passará por mudanças importantes a partir de 1º de julho. Nesta data, entra em vigor, em todo o Brasil, a fase de testes do novo modelo, que trará alterações técnicas no layout do documento, nas regras de validação e nos critérios de autorização junto à Secretaria da Fazenda (SEFAZ).
“Entre as principais mudanças estão a inclusão de novos campos obrigatórios, alterações na estrutura de dados e a exigência de validações mais rígidas por parte da SEFAZ. A atualização do layout também exigirá ajustes nos sistemas utilizados para gerar e transmitir as notas”, explica Luan Stocco, CTO e cofundador da vhsys, empresa de tecnologia especializada em soluções de gestão empresarial online.
Na prática, essa modernização pode gerar erros operacionais, especialmente entre empresas que não estão habituadas a lidar com os aspectos técnicos da emissão fiscal. O uso de sistemas desatualizados ou a falta de conhecimento das novas exigências pode levar à rejeição da nota, impedindo a conclusão da venda. As consequências vão desde atrasos na entrega de mercadorias e cancelamentos de pedidos até impactos no faturamento e sanções fiscais.
A nova versão da NF-e deve exigir não apenas mudanças nos sistemas emissores, mas também maior cuidado no preenchimento das informações fiscais. Dados como código do produto, classificação tributária, origem da mercadoria e identificação do destinatário passam a ser analisados com mais rigor. Pequenos erros, antes tolerados, agora podem levar à recusa automática do documento eletrônico pela SEFAZ.
“Mesmo que ainda esteja em fase de testes, o novo modelo já representa uma mudança concreta na rotina empresarial. Durante esse período, que antecede a obrigatoriedade definitiva, o governo permite que as empresas façam ajustes internos, testem seus sistemas e se adaptem às novas regras sem sofrer penalizações”, observa Luan.
O início da fase de testes, em 1º de julho, deve ser encarado como uma oportunidade de adaptação preventiva. Quanto antes os empreendedores se prepararem, menores serão os riscos de impacto no funcionamento da empresa.
“A nova NF-e representa uma mudança técnica na estrutura de campos obrigatórios e exige uma reorganização de todo o processo fiscal. Em um ambiente empresarial pressionado por eficiência e conformidade legal, deixar essa adaptação para depois pode comprometer a saúde financeira de pequenos negócios”, conclui Luan.
Fonte: Assessoria