
São João da Paraíba impulsiona economia com geração de empregos, turismo e empreendedorismo
Com investimento recorde em 2025, festas juninas devem superar os R$ 730 milhões movimentados este ano, ampliando impactos sociais e econômicos em todo o estado
12 de junho de 2025
Com tradições que encantam e uma cultura vibrante, o São João da Paraíba se firma como um dos maiores festejos juninos do Brasil e como um verdadeiro motor econômico para o estado. Em 2024, a celebração movimentou cerca de R$ 730 milhões, com Campina Grande na liderança, respondendo sozinha por R$ 600 milhões. Patos e Bananeiras também se destacaram, com movimentações de R$ 80 milhões e R$ 50 milhões, respectivamente.
Para 2025, o cenário promete ser ainda mais expressivo. O Governo da Paraíba anunciou um investimento recorde de R$ 54,3 milhões nas festividades, superando os valores aplicados em anos anteriores. O objetivo é não só manter o sucesso, mas ampliar ainda mais o alcance e os impactos econômicos e sociais da festa.
O reflexo dessa movimentação é direto no mercado de trabalho. Em Campina Grande, mais de 4 mil empregos diretos e indiretos são gerados no período junino. E os números se espalham por todo o estado. “A injeção e circulação de dinheiro na economia local traz grandes benefícios para geração de emprego e renda, antes, durante e depois dos festejos”, analisa Saulo Monteiro, administrador, especialista em finanças e professor dos cursos de Gestão da Estácio Paraíba.
De acordo com o docente, os impactos positivos extrapolam os limites das grandes cidades. Diversas cidades do interior se mobilizam, fortalecendo o turismo local, a identidade cultural e promovendo inclusão social. Além disso, o São João aquece setores variados como gastronomia, transporte, produção de eventos, cultura e, especialmente, o artesanato. Em Campina Grande, por exemplo, a taxa de ocupação hoteleira chegou a 95% entre os dias 21 e 24 de junho de 2024 — pico das festividades — e a expectativa é manter esse índice em 2025.
Segundo dados da Fecomércio da Paraíba, o número de vagas de emprego na região cresce entre 5% e 5,5% durante o período junino. Muitos desses postos beneficiam diretamente trabalhadores informais e microempreendedores individuais (MEIs), que encontram nos festejos uma oportunidade de renda e expansão de seus negócios.
“Cidades como Bananeiras, João Pessoa, Campina Grande, Patos e Cajazeiras estimulam novos empreendedores para que atuem durante o São João, e grande parte deles segue empreendendo depois. Isso traz resultados positivos para a economia da Paraíba que se prolongam durante todo o ano”, finaliza Monteiro.
Fonte: Assessoria