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Foto: Divulgação

Thathi: “Rita Lee me ensinou que autenticidade é um ato de amor. Então, ao homenageá-la, eu me permito ser”

Cantora apresenta tributo à força e liberdade de Rita Lee no Recanto do Picuí

8 de maio de 2025

No próximo dia 9 de maio, a cantora baiana Thathi retorna à Paraíba para um espetáculo carregado de emoção e significado: “Rita Lee por Thathi”. O show, que acontece no Recanto do Picuí, em Intermares, é mais do que uma homenagem musical — é um reencontro afetivo com as raízes de liberdade, ousadia e poesia plantadas por Rita na música brasileira. O show tem produção de Casa Amarela Produções, Efigênia Policarpo Produções, e apoio de Gráfica JB, Vinhos Ébano, Supermercado Litoral e portal Paraíba Total.

Thathi cresceu sentindo a presença de Rita Lee como uma guia invisível, que lhe ensinou que autenticidade é uma forma de amor e que a arte pode ser uma ferramenta de transformação. Ao montar o repertório, a artista costurou afetos, memórias e sua própria identidade em cada canção, equilibrando respeito e reinvenção para manter vivo o espírito irreverente da homenageada.

Com uma relação afetiva com o público paraibano e boas lembranças da última passagem pelo estado, Thathi promete uma noite de celebração, emoção e liberdade. A seguir, ela fala sobre a construção desse tributo, a influência de Rita em sua trajetória e a expectativa para este novo encontro com a Paraíba.

Confira a entrevista

O que te motivou a criar um show em homenagem à Rita Lee? De que forma a obra dela influenciou sua trajetória musical?

Desde muito jovem, me senti atraída pela força com que ela transformava o ordinário em extraordinário. Ela era e é uma entidade de liberdade, de irreverência, de coragem e ousadia. Criar esse show é uma forma de retribuir tudo que recebi da sua arte: coragem pra ser quem sou, pra cantar o que sinto.

Como foi o processo de escolha do repertório para esse tributo? Tem alguma canção da Rita que tenha um significado especial pra você?

Escolher músicas da Rita é como montar um jardim, cada canção tem seu perfume, seu mistério. Fui guiada por memórias, afetos e emoções. “Ovelha Negra”, por exemplo, me atravessa desde a infância, podia ter escrito ela (risos). “Mania de Você”, minha mãe cantarolava pela casa, e eu sentia naquela melodia um misto de doçura e provocação que só a Rita sabia costurar. Mas cada canção no repertório tem um significado especial, carrega um pedaço da alma dela e agora, um pedacinho da minha também.

Nas interpretações, você busca imprimir sua própria identidade ou se aproximar do estilo original da Rita? Como você equilibra essa reinvenção com o respeito à artista homenageada?

Rita Lee me ensinou que autenticidade é um ato de amor. Então, ao homenageá-la, eu me permito ser. As canções vêm vestidas com minha emoção, meu timbre, meu jeito de contar histórias. É um equilíbrio entre reverência e reinvenção. Não é sobre copiar, mas sobre continuar o voo com as asas que ela ajudou a construir, mas com os pés no meu próprio ritmo.

Como será o seu show na Paraíba? Você tem alguma conexão especial com o nosso estado?

Só estive na Paraíba uma única vez para fazer show e ela me abraçou com calor de casa. Tenho um grande amigo, boas histórias e lembranças doces espalhadas por João Pessoa e outras esquinas paraibanas. Esse show será um encontro de canções com a saudade que estou desse lugar maravilhoso. Uma noite pra celebrar Rita e, ao mesmo tempo, esse povo especial que curte boa música.

O legado da Rita vai muito além da música. Como você enxerga a importância dela como símbolo de liberdade, irreverência e empoderamento feminino nos dias de hoje?

Rita é semente e furacão. Sua voz não era só melodia, era manifesto. Num mundo que ainda insiste em silenciar, ela berrava com graça, ria com força, amava sem culpa. Sua presença é um convite à liberdade, uma lembrança viva de que a mulher pode ser tudo ao mesmo tempo. Ela plantou sonhos e abriu portas com suas letras, seus silêncios e seus gritos. Hoje, mais do que nunca, precisamos dessa Rita que habita em cada uma de nós.

Fonte: Andréia Barros