
Cinco anos da pandemia: profissionais do setor funerário relembram desafios e aprendizados
Colaboradores do Morada da Paz na Paraíba refletem sobre o impacto da pandemia e a missão de acolher as famílias enlutadas em um dos momentos mais difíceis da história recente
20 de março de 2025
Há cinco anos, o Brasil registrava a primeira morte por Covid-19 e a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarava oficialmente a pandemia causada pelo coronavírus (Sars-CoV2). Na Paraíba, foram registrados cerca de 602 mil casos e aproximadamente 10 mil óbitos pela doença, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES).
O setor funerário foi um dos mais impactados pela pandemia, enfrentando desafios sem precedentes. No Morada da Paz, que no estado atua como funerária, crematório e central de velórios, os profissionais precisaram se adaptar para manter a segurança e oferecer acolhimento digno às famílias enlutadas, mesmo diante de um cenário de incertezas e medo.
Desafios e adaptações durante a pandemia
Durante o período mais crítico da pandemia, o Morada da Paz reestruturou seus processos
para atender à alta demanda e seguir os rigorosos protocolos sanitários. O uso de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) foi intensificado, e as cerimônias de despedida precisaram ser adaptadas para respeitar as restrições impostas pelos órgãos de saúde.
Para Gilmara Nascimento, gerente de Cuidado ao Cliente na unidade da Paraíba, a pandemia foi um dos maiores desafios de sua carreira “Não sabíamos ao certo com o que estávamos lidando. Era algo novo para todos, e precisávamos encontrar maneiras de continuar oferecendo suporte às famílias sem colocar em risco a segurança dos nossos profissionais. Foi um momento de muito aprendizado, que nos fortaleceu como equipe”, afirma.
O impacto emocional e a missão do setor funerário
Além das mudanças estruturais, a equipe do Morada da Paz também enfrentou desafios emocionais. A cada dia, lidavam com histórias de dor e despedidas marcadas pela
impossibilidade do contato físico, tornando o acolhimento ainda mais desafiador.
Gilvan Fernandes, supervisor de serviços, destaca como a pandemia reforçou o propósito da profissão. “A pandemia não só ceifou vidas, mas também deixou cicatrizes profundas. Por outro lado, também nos ensinou a valorizar mais a vida e as pessoas ao nosso redor.
Aprendi a dizer que amo, a reconhecer a importância do meu trabalho e a compreender que
cuidar do outro é um dos maiores propósitos da minha missão aqui”, compartilha.
Cinco anos depois: reflexões e aprendizados
Hoje, cinco anos após o início da pandemia, os profissionais do setor funerário olham para trás e refletem sobre o impacto daquele período. Para Gilmara, a experiência reforçou a importância da empatia e do acolhimento. “Cada despedida tem sua história, sua dor, e nosso papel é garantir que esses momentos sejam vividos com respeito e humanidade”, conclui.
A pandemia trouxe desafios imensos, mas também ensinamentos valiosos. O compromisso dos profissionais do Morada da Paz segue firme: oferecer suporte, acolhimento e dignidade às famílias, reafirmando a importância do setor funerário na sociedade.
Fonte: Assessoria