
Consórcio de imóveis cresce 35% e se firma como alternativa econômica no mercado imobiliário
Com mais de R$ 191 bilhões movimentados em 2024, modalidade ganha força em meio a juros altos e mercado imobiliário aquecido
4 de março de 2025
Em um mercado imobiliário dinâmico e impactado por taxas de juros elevadas, o consórcio de imóveis vem se consolidando como uma alternativa estratégica para quem busca planejamento financeiro sem o peso dos encargos bancários. Dados da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC) mostram que, em 2024, a modalidade movimentou R$ 191,1 bilhões em créditos contratados, um crescimento de 35% em relação ao ano anterior.
O movimento reflete uma mudança de comportamento: diante da taxa básica de juros estacionada em 13,25%, mais brasileiros têm buscado opções menos onerosas para aquisição de imóveis. Diferente dos financiamentos tradicionais, o consórcio permite o acúmulo de patrimônio sem juros e com previsibilidade nos pagamentos, tornando-se uma solução atrativa tanto para quem busca a casa própria quanto para investidores do setor imobiliário.
Os números do mercado reforçam essa tendência. Segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), os lançamentos imobiliários somaram 383.483 unidades em 2024, um avanço de 18,6% em relação ao ano anterior. Já as vendas cresceram 20,9%, alcançando 400.547 unidades.
Para Eduardo Rocha, CEO do Klubi,única fintech autorizada pelo Banco Central a operar com consórcios, esse crescimento reflete uma maior maturidade do consumidor na hora de planejar grandes aquisições. “O consórcio vem se consolidando como uma ferramenta inteligente para construção de patrimônio. Sem juros e com mensalidades acessíveis, ele permite um planejamento financeiro mais seguro e estratégico, sem os custos elevados do crédito tradicional”, comenta.
A fintech, que recentemente lançou um novo modelo de consórcio imobiliário, já ultrapassou a marca de R$ 200 milhões em vendas do produto. A solução oferece créditos a partir de R$ 150 mil, taxa de administração fixa de 0,15% ao mês e um desconto de 50% no valor das mensalidades até a liberação do crédito – um diferencial inédito no setor.
Para 2025, as projeções indicam que o consórcio seguirá como peça-chave no setor imobiliário. A ABAC estima um crescimento de 20% no segmento, impulsionado pela busca por alternativas financeiras mais sustentáveis.
“Diferente das opções convencionais de crédito, o consórcio coloca o consumidor no controle do próprio planejamento. É uma alternativa cada vez mais acessível e flexível”, conclui Rocha.