Casamento coletivo religioso com efeito civil fortalece laços familiares e reintegração social
Ação no sistema prisional fortalece laços familiares e garante acesso a direitos, representando um passo importante para a transformação social.
20 de dezembro de 2024
“Realizar um casamento comunitário para reeducandos é muito mais do que promover um ato civil; é oferecer dignidade, inclusão e esperança”, assim o presidente da Associação dos Notários e Registradores da Paraíba, Carlos Ulysses Neto, reafirmou o papel do registro civil como instrumento de cidadania, fortalecendo os laços familiares e contribuindo para a reintegração social.
Ele considerou o casamento religioso com efeito civil de pessoas privadas de liberdade do sistema prisional paraibano na tarde de ontem na Catedral da Igreja Universal, na Avenida Epitácio Pessoa, em João Pessoa, uma ação que representa um compromisso não apenas com o acesso aos direitos fundamentais, mas também com a transformação social e humana, valores que os cartórios e a Anoreg/PB defendem com tanto empenho.
“Que este gesto seja um exemplo de como o serviço extrajudicial pode impactar positivamente vidas e contribuir para uma sociedade mais justa e solidária”, concluiu. O ato celebrado pelo bispo da IURD na Paraíba, José de Holanda, foi uma realização conjunta do governo do estado, da secretaria de administração penitenciária, do Conselho da Comunidade e da Associação. Outra não foi a avaliação da registradora titular do 12″ cartório de JP e vice-presidente da Anoreg-PB, Anna Cecília: “Muito positiva, é o espelho do projeto casamento cidadão, que foi resultado de uma soma de esforços das partes envolvidas na realização, inclusive do Conselho Gestor do Farpen, que acreditou nesse projeto e fez ele acontecer e ser uma realidade.
Ela lembrou que a implantação do projeto casamento cidadão no estado veio a aproximar o registrador civil das pessoas naturais, num simbolismo ímpar da atividade notarial e registral, principalmente do registro civil das pessoas naturais, que atender o usuário hipossuficiente. “Não é apenas o unir casais, mas dar visibilidade a essas pessoas perante o estado e acesso a políticas públicas. O casamento continua sendo uma instituição que abriga o casal com mais direitos, então esse momento é de celebração também pela junção de entidades e de parceiros para, em 30 dias, realização desse sonho dos reeducandos, num divisor de águas também no sentido de favorecer a questão da família e de trazer o ambiente que traz”, concluiu.
O ato foi prestigiado por diversas autoridades, dentre elas o defensor público Severino Lucena, da Vara da Execução Penal e do Conselho da Comunidade, do secretário de administração penitenciária, João Alves, da juíza da Vara das Execuções Penais, Andrea Arcoverde.
Fonte: Assessoria