Economia Criativa: inovação e empreendedorismo como pilares para a sobrevivência e o sucesso das empresas
Regina Amorim fala sobre como com mercados dinâmicos e consumidores exigentes, empresas precisam de criatividade, experimentação e tolerância ao risco para se manterem competitivas
25 de novembro de 2024
As empresas precisam analisar estrategicamente as tendências do mercado e as necessidades dos clientes, para transformá-las em um negócio lucrativo. As organizações precisam estar inovando continuamente, porque as vantagens competitivas são instáveis e o que se está fazendo, talvez não seja o suficiente para enfrentar os desafios de se reposicionar no mercado.
A dificuldade de entender as mudanças necessárias e antecipar-se às tendências de mercado é um dos motivos pelo qual as empresas fecham as portas. A transformação contínua é a atitude mais proativa e importante que uma empresa precisa desenvolver, ou seja, não confiar apenas em um passado de sucesso, mas buscar um futuro de oportunidades.
Vivemos um tempo em que criatividade e inovação se tornaram essenciais para dar sentido à existência das empresas. O tempo médio de vida de muitas empresas vem diminuindo, por falta de capacidade para reagir diante dos impactos das tecnologias inovadoras, por não estar preparada para atender a novas demandas de clientes ou por não ter como competir com novos modelos de negócios.
Empresas bem-sucedidas de todos os tamanhos, têm compromisso com o aprendizado contínuo. Aprender é uma das habilidades fundamentais para a inovação. A internet é o melhor exemplo da atualidade, para a geração de novos modelos de negócios, proporcionando não só conteúdo, mas viabilizando também, novos produtos e serviços. Ser empreendedor de oportunidade é criar algo diferente, utilizando-se da inovação, para cuidar de uma necessidade não atendida. Não se trata apenas de inovar, mas ter tolerância ao risco, aprender com a experimentação, os erros e os acertos. Esse é o caminho para construir o futuro de qualquer negócio.
Intraempreendedorismo ou empreendedorismo interno é a prática de incentivar os funcionários de uma empresa a adotarem uma postura empreendedora. Aproveitar o potencial criativo dos colaboradores para gerar novas ideias, novos produtos, novos serviços e resolver problemas, pode ser a melhor resposta para a inovação e a geração de valor. O empreendedorismo interno é uma força poderosa e fundamental para o sucesso da empresa. Requer desejo de realização, confiança interior, autodisciplina, aprendizado e engajamento, para prosperar em um ambiente que muda rapidamente. A inovação acontece como resultado de manter mentes curiosas e criativas, para gerar ideação, capacidade de experimentação e gerar algo especial para a empresa.
Os tempos atuais exigem respostas rápidas e a estabilidade é a estratégia mais perigosa para os negócios, que atuam em ambientes dinâmicos. As empresas precisam se perguntar por que existem e não se concentrar no que fazem, quando as mudanças estão vindo de todos os lugares. Ter mente aberta e manter a capacidade de ver além do seu negócio principal são requisitos fundamentais da inovação.
A resistência à mudança é ruim para qualquer negócio. Traz a sensação de perda de controle, incerteza, exige novos hábitos, gera desconforto. Peter Drucker já dizia: “Se não estamos sentindo desconforto, provavelmente estamos fazendo da maneira errada”. Portanto, pequenos experimentos podem ser o ponto de partida para as mudanças nos negócios.
O cenário dos negócios exige o exercício da experimentação, que é um processo permanente, por ser o melhor caminho a seguir. Um empreendedor inovador pode desafiar a sua participação no mercado, por isso é necessário muita criatividade e atenção aos espaços, que são ocupados de maneira inadequada por concorrentes estabelecidos. É sempre uma experiência enriquecedora, aprender com os empreendedores criativos, que observam as oportunidades, para começar e prosperar com novos negócios.
O empreendedor inovador pode facilmente ocupar espaço, onde as empresas estão negligenciando. Eles estão construindo o futuro com as novas economias: criativa, colaborativa, digital, circular, compartilhada. Eles encontram lacunas do mercado, não percebidas por outras empresas. Esse é o princípio da destruição criativa que se aplica às novas ideias e que geram novos negócios. Um dos maiores desafios para as empresas é manter-se relevante no mercado.