Planejando sua aposentadoria? Confira seis dicas para profissionais liberais
Com aumento recorde no número de trabalhadores por conta própria, especialista compartilha orientações essenciais para planejamento financeiro e previdenciário
6 de novembro de 2024
A busca cada vez maior pela independência financeira aliada à flexibilidade no trabalho tem levado um número crescente de pessoas a optarem por carreiras como autônomos e profissionais liberais.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil bate recorde no número de trabalhadores autônomos: são 25,7 milhões de pessoas que trabalham por conta própria.
No entanto, vale lembrar que essa liberdade vem acompanhada de uma importante responsabilidade: garantir a própria seguridade social. Ao contrário dos trabalhadores com carteira assinada, que têm seus direitos previdenciários assegurados pela empresa, autônomos e profissionais liberais precisam tomar atitudes para garantir que estarão protegidos no futuro.
“A falta de conhecimento financeiro e de senso de urgência são alguns dos principais obstáculos”, aponta Paco Fazito, Mestre em Administração de Empresas e Embaixador da S.I.N. Implant System. “Muitos só pensam na aposentadoria quando estão já perto de se aposentar, perdendo anos de investimentos e os benefícios dos juros compostos”, conclui.
Para ajudar estes profissionais a planejarem uma aposentadoria com sucesso, Fazito compartilha seis dicas valiosas:
1. Comece a planejar cedo. Iniciar o planejamento financeiro desde o começo da carreira é essencial. Uma técnica possível é a divisão da renda: 70% para despesas diárias, 20% para investimentos e 10% para seguros, como planos de saúde. “Não se preocupe caso seja difícil poupar; comece com 5% e aumente gradualmente”, diz o especialista.
2. Escolha os investimentos adequados. Não existe uma fórmula única para investir, tudo depende do seu perfil de risco e do cenário econômico do país. “Em períodos de taxas de juros altas, considere investimentos conservadores em renda fixa e fique atento ao rendimento acima da inflação, ou seja, seu ganho real”, orienta Fazito.
3. Busque orientação financeira. Sempre conte com a ajuda de um consultor financeiro independente para evitar decisões erradas. “Evite investir sozinho ou com profissionais vinculados a apenas uma instituição”, orienta ele.
4. Separe as finanças pessoais das profissionais. As contas da pessoa física e jurídica devem ser tratadas separadamente, para garantir uma organização financeira eficiente, mas também para que a Receita Federal não considere valores na sua empresa que não são tributáveis como tributáveis e vice-versa, evitando problemas com o Fisco. “Para isso, utilize planilhas ou softwares de gestão financeira”, recomenda Fazito.
5. Entenda a previdência privada. Conheça as diferenças entre PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre), modalidade mais indicada para quem entrega a declaração completa do Imposto de Renda, e VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre), direcionado para quem é isento ou declara o Imposto de Renda pelo modelo simplificado. O VGBL é mais simples, mas o PGBL oferece benefícios fiscais e pode deduzir até 12% da renda tributável. “Estude para ter uma estratégia bem definida ao escolher entre esses produtos”, diz o consultor.
6. Planeje o longo prazo. “Comece a conceber o quanto antes sua aposentadoria, estando sempre atento ao impacto da inflação e das taxas de juros nos seus investimentos”, orienta ele. “Lembre-se que a falta de planejamento financeiro pode comprometer a aposentadoria dos profissionais liberais, que acabam precisando diminuir seu padrão de vida ou consumir seu patrimônio para garantir uma vida digna na terceira idade”, conclui.