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Foto: Divulgação

Novas startups de jornalismo alavancam seus negócios com programa de aceleração do Google no Brasil

Quarta edição de programa Startups Lab, do Google no Brasil, contou com 15 startups de jornalismo e imersões em temas como inovação em modelo de negócio e sustentabilidade do jornalismo independente e local

4 de novembro de 2024

A 4ª edição do programa de aceleração de startups jornalísticas do Google, o Startups Lab, chegou ao fim trazendo impactos significativos em várias áreas de 15 pequenos negócios de jornalismo focados em cobertura local e cívica. Na edição de 2024, o programa selecionou 15 startups jornalísticas para uma imersão de oito semanas em desenvolvimento e aprendizado sobre temas cruciais para a sustentabilidade do jornalismo independente e local, como entendimento de audiência, melhores práticas de modelos de negócios, criação de produtos e combate à desinformação. O Startups Lab é uma iniciativa da Google News Initiative e, no Brasil, é realizada em parceria com a Echos, laboratório global e independente de inovação.
Ao longo da jornada do programa, os participantes reportaram um aumento de confiança sobre seus negócios, que terminou em alta com 93% das startups declarando-se confiantes em relação aos planos estratégicos desenvolvidos, e a autopercepção sobre sua capacidade de inovar e pensar seus modelos de negócios também teve um salto – de 58% para 80% entre o início e o fim do programa.

Da esquerda para a direita: Bertrand Morais (Revista Alagoana), Vinícius Andrade (Guarulhos Todo Dia), Rodrigo D’Ávila e Adriano Dal Chiavon (Três Vozes), Marta Alencar (COAR Notícias), Adelma Vargas, Adriana Mendes e Wesley Macente (Eh Fonte), Francisco Costa (Voz da Terra).

Cada startup recebeu um aporte de cerca de R$ 17 mil como ajuda de custo para se dedicar ao programa. Ao final, três foram selecionadas para receber uma premiação de cerca de R$ 28 mil pelo destaque que tiveram durante as oito semanas de treinamento. São elas a Revista Alagoana, o portal Guarulhos Todo Dia e a produtora de conteúdo sonoro Três Vozes.
Além das startups premiadas, também participaram os veículos: Varadouro, ITAPUÃCITY, 60+ Hub de Jornalismo Local em Áudio, Agência Lume, Site da Baixada, Agência Nossa, Periferia em Movimento, Desterro, Eh Fonte, SC City News, Voz da Terra e Coar Notícias. É importante ressaltar a diversidade regional dos veículos escolhidos, com 33% do Nordeste, 33% do Sudeste, 13% do Sul e 7% do Centro-Oeste.

 

“O que eu acho muito bacana do programa é que ele traz esse empreendedorismo no jornalismo e, ao mesmo tempo, tem uma objetividade de colocar produtos e serviços no mercado para que as startups possam ir testando e desenvolvendo”, diz Rodrigo Rangel, da Echos, que foi mentor no programa de 2022, colíder em 2023 e líder da edição de 2024.

 

Durante o GNI Startups Lab, 11 produtos foram lançados pelas startups participantes, atraindo audiência e gerando negócios. Ao longo do programa, foram lançados seis protótipos de alta fidelidade de produtos testados, validados e prontos para entrar no mercado, além de cinco novas parcerias firmadas para potencializar os negócios.

 

O que dizem as startups

Para Vinicius Andrade, editor e cofundador do Guarulhos Todo Dia, o programa gerou uma revolução na forma de perceber o portal de notícias como um produto. “O programa nos ajudou a entender mais a nossa audiência, olhar para quem nos lê como uma persona que tem dores, desafios e precisa de soluções que o universo jornalístico pode entregar”, conta.
Bertrand Morais, cofundador da Revista Alagoana, afirma que uma grande lição aprendida durante a 4ª edição do GNI Startups Lab é “o exercício da escuta constante da audiência”. “Nunca esperar uma forma ideal para testar um novo produto. As melhorias sempre virão ao longo da execução, quando pensada em resolver dores humanas”, diz, reforçando a possibilidade de se conectar com uma audiência “invisibilizada na grande mídia alagoana”, diz.

 

Do Rio Grande do Sul, Rodrigo D’Ávila, da Três Vozes, destaca a experiência como “impactante”: “O conhecimento, o networking e as novas perspectivas que obtivemos durante esse período formam hoje o alicerce da nossa startup”. Seu sócio, Adriano Dal Chiavon, complementa: “Tivemos a oportunidade de construir e aprimorar a ideia, fazendo com que víssemos no decorrer do programa o nascimento e o crescimento da startup”.

 

Fonte: Assessoria