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Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Varejo registra maior baixa do ano com queda de 2,4% em setembro, segundo Índice Stone

Os oito segmentos analisados registraram queda mensal, liderados por móveis e eletrodomésticos e livros, jornais, revistas e papelaria, ambos com queda de 3,5%

10 de outubro de 2024

A 21ª edição do Índice de Atividade Econômica Stone Varejo apontou uma queda de 2,4% em setembro, no comparativo mensal, revertendo o resultado positivo de agosto. O estudo, que apresenta dados mensais da movimentação varejista no país, é uma iniciativa da Stone, empresa de tecnologia e serviços financeiros que é a principal parceira do empreendedor brasileiro, com o Instituto Propague.
“O resultado de setembro é o pior do varejo no ano, sendo a segunda queda dos últimos quatro meses. Além disso, o resultado é acompanhado de baixas também no comparativo anual, revertendo uma tendência até então positiva.” explica Matheus Calvelli, o pesquisador econômico e cientista de dados da Stone, responsável pelo levantamento. “Assim, embora haja uma diminuição generalizada, a volatilidade dos últimos meses torna a expectativa para o restante do ano ainda incerta”, complementa.
O índice tem como base a metodologia proposta pelo time de Consumer Finance do Federal Reserve Board (FED), que idealizou um modelo de indicador econômico similar nos Estados Unidos. São consideradas as operações via cartões, voucher e Pix dentro do grupo StoneCo. O objetivo é mapear mensalmente os dados de pequenos, médios e grandes varejistas e divulgar um retrato do setor nacional, que pode orientar estratégias empresariais e decisões de investimento, fornecendo insights valiosos sobre o ambiente econômico.
“A partir deste mês, estamos adotando uma abordagem mais clara na composição dos índices gerais, seguindo o modelo utilizado pelo IBGE/PMC. Assim, passamos a fixar e divulgar os pesos de cada setor nos nossos índices (ampliado e restrito). Ressaltamos, no entanto, que como nossas amostras são diferentes das do IBGE, ajustes são necessários e, portanto, a composição não é exatamente igual ao benchmark. Dito isso, a metodologia de cálculo dos índices individuais permanece a mesma”, destaca Matheus Calvelli.

Destaques segmentados

Os oito segmentos analisados registraram queda mensal. Os setores de móveis e eletrodomésticos e livros, jornais, revistas e papelaria apresentaram a maior retração, com uma queda de 3,5%, seguido por tecidos, vestuário e calçados (3,0%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo e outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,8%), material de construção (2,0%), artigos farmacêuticos (1,9%) e combustíveis e lubrificantes (1,8%).

 

Destaque trimestral

Fazendo uma análise do terceiro trimestre, o setor de combustíveis e lubrificantes apresentou o melhor desempenho, com uma alta acumulada de 2,6%. O setor de tecidos, vestuário e calçados também registrou crescimento, fechando o tri com alta ajustada de 0,8%. Em contrapartida, o setor de outros artigos de uso pessoal e doméstico registrou uma queda de 2,0%, seguido por artigos farmacêuticos (-1,8%), livros, jornais, revistas e papelaria (-1,3%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,9%), móveis e eletrodomésticos (-0,6%) e material de construção (-0,5%).

Destaques regionais

No recorte regional, quatro estados apresentaram resultados positivos no comparativo anual: Roraima (5%), Amazonas (3,6%), Maranhão (1,8%) e Goiás (0,6%).
Já entre os resultados negativos, 22 estados apresentaram queda no comparativo ano contra ano: Ceará (-10%), Mato Grosso do Sul (-7,6%), Rondônia (-6,4%), Tocantins e Santa Catarina (-5,8%), Paraíba (-5,0%), Distrito Federal (-4%), Espírito Santo (-4,2%), São Paulo (-3,9%), Piauí (-3,6%), Mato Grosso (-3,4%), , Rio de Janeiro, Paraná, Bahia e Pernambuco (todos com -3%), Acre (-2,8%), Alagoas (-2,7%), Minas Gerais (-2,5%), Amapá (-2,1%), Rio Grande do Norte (-2%), Sergipe (-1,6%) e Rio Grande do Sul (-0,3%)

Segmentos analisados

O Índice de Atividade Econômica Stone Varejo avalia seis segmentos:

1) Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, perfumaria e cosméticos;

2) Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo;

3) Livros, jornais, revistas e papelaria;

4) Móveis e eletrodomésticos;

5) Tecidos, vestuários e calçados;

6) Material de Construção;

7) Combustíveis e Lubrificantes;

8) Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico.

 

Fonte: Assessoria