Cultivo da palma de óleo mantém floresta em pé e recupera áreas degradadas da Amazônia
Planta que dá origem a óleo vegetal mais consumido do mundo gera empregos e renda na região e recupera solo degradado pelo desmatamento
10 de setembro de 2024
O Brasil tem como meta zerar o desmatamento na Amazônia até 2030. Mas tão importante quanto manter a floresta em pé, é recuperar aquilo que foi desmatado. É justamente nessas áreas que foram desmatadas na região amazônica, até 2007, que o Grupo BBF (Brasil BioFuels) atua com o cultivo sustentável da palma de óleo, planta que dá origem ao óleo vegetal mais consumido no mundo e que tem papel fundamental na transição energética pelo seu poder de produção de biocombustíveis e geração de energia renovável para áreas isoladas na região Norte.
“Coibir o desmatamento ilegal é fundamental, assim como a recuperação daquilo que já foi degradado. O cultivo da palma de óleo é uma excelente opção para essas áreas chamadas de antropizadas, porque além de recuperar o solo da floresta, permitir a preservação de animais silvestres e capturar carbono, ainda gera renda e emprego nessas regiões, um fator fundamental para garantir que a floresta permaneça em pé. O cultivo sustentável da palma de óleo é sinônimo de bioeconomia”, afirma Milton Steagall, CEO do Grupo BBF.
A partir do óleo de palma, segundo Steagall, é possível falar de bioeconomia dentro dos setores elétrico, químico e de biocombustíveis, além do agronegócio. “Nosso país tem potencial de ser líder global na produção de óleo de palma. O desenvolvimento sustentável da região amazônica é urgente. É preciso viabilizar formas de manter a floresta em pé, mas também oferecer emprego, renda e riqueza para a população”, diz.
O Brasil possui uma das legislações mais severas do mundo para o cultivo sustentável da palma, que proíbe a derrubada de floresta nativa para o seu plantio. Por meio do Decreto 7.172 do Governo Federal, de maio de 2010, foi estabelecido que o cultivo da palma só pode ser realizado na Amazônia em áreas que foram degradadas até 2007. A partir de trabalho robusto conduzido pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) foram identificados mais de 31 milhões de hectares aptos ao cultivo da planta na região. Hoje, cerca de 200 mil hectares foram recuperados na região com o cultivo da palma, sendo 75 mil deles cultivados pelo Grupo BBF no Pará e em Roraima.
“O cultivo da palma não pode ser mecanizado, por isso, esta é uma planta com importante caráter social, já que permite a geração de muitos empregos em áreas remotas. Só no Grupo BBF são gerados cerca de 5 mil empregos diretos e outros 15 mil indiretos. Destaco ainda a importância do óleo de palma para produção de biocombustíveis, geração de energia renovável e também para os biocombustíveis de segunda geração, como o SAF (Combustível Sustentável de Aviação) e o Diesel Verde. É uma cultura fantástica, que recupera a floresta Amazônica e pode impulsionar a transição energética no país”, afirma o CEO.
Atualmente, o Grupo BBF possui 25 usinas termelétricas em operação na região Norte, atendendo localidades abastecidas pelos Sistemas Isolados. As usinas operam com biocombustíveis (biodiesel e óleo vegetal) e biomassa oriunda da palma de óleo, o que contribui para a descarbonização da região. Mais de 140 mil moradores de localidades isoladas da Amazônia são beneficiados com esta energia gerada a partir da palma de óleo.
O cultivo sustentável da palma realizado pela empresa ainda captura cerca de 800 mil toneladas de carbono anualmente, sendo 729 mil toneladas no Pará e 71 mil toneladas em Roraima. “Protegemos mais de 60 mil hectares de Áreas de Reserva Legal (RL) e Áreas de Preservação Permanente (APP), que estocam anualmente cerca de 26,6 milhões de toneladas de carbono no Pará e 3,1 milhões toneladas de carbono em Roraima”, afirma Steagall.
Governo Federal tem planos para recuperação de áreas desmatadas na Amazônia
O Governo Federal tem realizado uma série de medidas na região amazônica para coibir o desmatamento e recuperar as áreas degradadas, como o lançamento do Arco da Reconstrução, que prevê a recuperação de 6 milhões de hectares até 2030 e 24 milhões até 2050, além do Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas. “São iniciativas importantes que visam a recuperação das áreas, envolvendo diversos players e setores de mercado”, opina Steagall.
Para o CEO da companhia, coibir o desmatamento somado à recuperação das áreas é a equação correta para o futuro da Floresta Amazônica. “Temos tido uma experiência muito positiva nesses nossos 16 anos de atuação. Em Roraima, no município de São João da Baliza, a ferramenta “MapBiomas Alerta” identificou que nas áreas próximas às nossas operações temos 85% menos alertas de desmatamento do que em áreas mais afastadas na mesma região. Além disso, na nossa área de cultivo já foram feitos mais de 5 mil registros e identificadas mais de 400 espécies de animais silvestres na nossa última campanha de monitoramento. Isso mostra que estamos no caminho certo: gerando riquezas, mantendo a floresta em pé e recuperando aquilo que antes foi degradado no passado”, afirma.
Fonte: Assessoria