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Foto: Freepik

Economia Criativa: a prosperidade do século 21 ligada à sustentabilidade ambiental e justiça social

Regina Amorim discute como a sustentabilidade e a inovação são essenciais para a prosperidade das empresas no século 21, destacando a necessidade de alinhamento com a agenda ESG e a importância de valorizar aspectos ambientais e sociais

26 de agosto de 2024

Orientar as empresas para a agenda ESG, exigirá mudanças ambientais, sociais e econômicas no seu desempenho. Em outras palavras, a prosperidade econômica no século 21 está intrinsecamente ligada à qualidade ambiental e à justiça social.

O grande desafio é alcançar um futuro sustentável e com equidade social. É desenvolver uma economia global sustentável, sem gerar problemas sociais, éticos e políticos. Enquanto desejamos economias sustentáveis, a população mundial deve chegar as 9,7 bilhões de pessoas em 2050, segundo relatório da ONU.

Torna-se cada vez mais difícil desenvolver negócios, com a degradação ambiental, com os consumidores insatisfeitos e com os sistemas políticos desacreditados. Precisamos de mais coerência, entre o que as empresas estão produzindo e como estão produzindo, conforme a responsabilidade de contribuir para o futuro do planeta. Entre os pilares econômico e social é necessário colocar em pauta as questões referentes ao desemprego, à ética empresarial e aos direitos das minorias. Desenvolver a sustentabilidade nas empresas é aumentar as opções disponíveis para as gerações futuras, não apenas com recursos naturais preservados, mas também com direitos humanos, desde o direito a um meio ambiente limpo e seguro.

Aprender sobre sustentabilidade é ter a clareza de que as organizações sofrerão transformações. É aprender a gerar impacto ambiental positivo. É preparar-se para o mercado do futuro, com soluções para os problemas ambientais do mundo. A política ambiental traz vantagem competitiva sustentável para os negócios, pois várias empresas já definem seus fornecedores dentre aqueles que estão com a agenda ESG em dia. A política ambiental tende a ser cada vez mais, uma necessidade competitiva e estratégica para as empresas.

James Moore em seu livro “A Morte da Concorrência” diz que as empresas precisam evoluir em um ambiente de colaboração, de visões compartilhadas, de formação de alianças, negociação de acordos e gerenciamento de relacionamentos.

Empresas poderão ser mais bem-sucedidas quando adotam as questões ambientais e sociais como estratégia de negócios sustentáveis. Precisamos planejar o presente para merecermos um futuro desejável. Há necessidade de melhorar a educação empreendedora no Brasil, mas é preciso que os empreendedores tenham a consciência de que a evolução mais rápida se dá através do conhecimento permanente, em gestão empresarial, estratégias e o empreendedorismo do futuro.

O desenvolvimento sustentável tem a ver com redução da pobreza, o empreendedorismo feminino, respeito aos direitos humanos, educação de qualidade, saúde e bem-estar. Faz parte da agenda das empresas de sucesso, lidar com ética e valores, pois nas próximas décadas, haverá uma movimentação maior para o consumo consciente, a ética empresarial, a justiça ambiental, direito a convivência entre pessoas de diferentes idades como forma de enriquecer as equipes.

As empresas precisam investir mais em capacitação para seus colaboradores e fazer com que mais recursos financeiros retornem às comunidades, que compram seus produtos e serviços. Nossas opiniões são influenciadas pela nossa formação, nossa experiência e pelas fontes de informações que utilizamos. Este seria o primeiro passo da evolução de valores do século 21. Os valores são essenciais para a geração de riqueza, como fonte de vantagem competitiva.

A inovação só agrega valor quando atende às necessidades do mercado, com produtos e serviços seguros, para as pessoas e para a meio ambiente. Cabe às empresas saberem como as suas atividades interagem para criar produtos ou serviços valiosos para os clientes, com impacto ambiental reduzido. Gerenciar essa cadeia de valor é também desenvolver o desempenho ambiental. Embora não seja ainda condição para o sucesso no mercado, o desempenho ambiental será cada vez mais uma necessidade. Os mercados estarão intrinsecamente, ligados às nossas escolhas econômicas, sociais e ambientais.

A agenda ambiental será uma das prioridades dos futuros stakeholders das organizações, sejam eles, clientes, funcionários ou ativistas da sustentabilidade. Quanto mais respeito e confiança, maiores serão as possibilidades de manter as empresas sustentáveis.

Regina Amorim

Foto: Linkedin

Sobre Regina Amorim

É gestora de Turismo e Economia Criativa do Sebrae/PB. Formada em Economia pela UFPB, 1980, com Especialização em Gestão e Marketing do Turismo pela UNB – Universidade de Brasília e com Mestrado em Visão Territorial para o Desenvolvimento Sustentável, pela Universidade de Valência – Espanha e Universidade Corporativa SEBRAE.

Fonte: Regina Amorim