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Foto: Freepik

Para 16% dos profissionais, Inteligência Artificial é a principal tendência nos armazéns do futuro

Levantamento inédito da Infor e da Seal Sistemas, realizado com mais de 100 especialistas de todo o país, avalia o nível de digitalização dos armazéns brasileiros e busca entender o impacto das novas tecnologias em diferentes indústrias;

9 de agosto de 2024

Em 2024, o e-commerce brasileiro deverá atingir R$ 205 bilhões de faturamento, um volume 10,45% maior em relação ao ano passado, de acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). Este fator, aliado ao impacto de eventos climáticos extremos cada vez mais frequentes, como o ocorrido no Rio Grande do Sul, está tornando a cadeia de suprimentos mais complexa e descentralizada. A gestão eficiente do estoque e dos armazéns passa a ser fator preponderante para o avanço da economia brasileira e a digitalização, por sua vez, se torna um aspecto cada vez mais importante na operação de diferentes indústrias. Neste contexto, a Infor, líder global em software empresarial na nuvem, e a Seal Sistemas, uma das maiores integradoras de tecnologias avançadas para a cadeia de suprimentos do Brasil, estão lançando a pesquisa “O Armazém do Futuro”.

 

Realizada com 124 executivos e profissionais de 97 empresas, representando diferentes indústrias no mercado brasileiro (logística/armazenagem, varejo, manufatura, tecnologia, serviços, automotivo, farmacêutica e metalúrgica), o objetivo da iniciativa foi entender o nível de digitalização dos armazéns brasileiros, as tecnologias que serão adotadas, os desafios enfrentados e os benefícios esperados dessa transformação digital.

 

Os dados mostram que contar com ferramentas de controle que ofereçam informações completas e em tempo real de toda a operação pode auxiliar bastante nas tomadas de decisões. Por isso, a digitalização dos armazéns é um aspecto cada vez mais importante na operação de diferentes indústrias.

 

O levantamento ainda aponta que as tecnologias com maior impacto nos armazéns do futuro serão inteligência artificial e machine learning (de acordo com 16% dos entrevistados), seguido por automação robótica (para 14% dos participantes), WMS (sistema de gestão de armazém, na sigla em inglês), para 13%, e análise baseada em dados (12%).

 

“Nos últimos anos, os armazéns deixaram de ser um custo e passaram a ser estratégicos para as empresas. Com essa pesquisa, buscamos entender como as organizações estão se preparando para o futuro e quais tecnologias serão fundamentais nessa jornada. Temos visto que, ao implementar um WMS, as empresas não só reduzem os custos da operação, como conseguem controlar a produtividade no nível do indivíduo. Os gestores de armazéns passaram a trabalhar em parceria com RH, avaliando a performance dos operadores e criando formas de bonificação e retenção, a partir do software”, afirma Waldir Bertolino, CEO da Infor no Brasil.

 

“Esse levantamento altamente estratégico, não só comprova que a tecnologia está no centro das tendências globais em gestão de armazéns, como também demonstra em que medida esse movimento já está no radar de players que atuam na cadeia nacional de suprimentos, visando o aumento de produtividade e da rentabilidade. Por isso, é tão importante viabilizar o acesso local a soluções integradas, capazes de acelerar a automação e a digitalização de diversas atividades que fazem parte da rotina das operações logísticas e intralogísticas – desde a separação de produtos e do controle de estoque até a otimização das rotas de distribuição”, diz Wagner Bernardes, CEO da Seal Sistemas.

 

Investimento inicial elevado é visto como principal desafio

 

Quando perguntados sobre quais os principais desafios a serem superados no processo de digitalização dos armazéns, o investimento inicial elevado vem em primeiro lugar, com 23% dos votos, seguido da manutenção e atualização tecnológica (19%) e da necessidade de requalificação da equipe (18%), acompanhada de perto pela resistência à mudança por parte dos funcionários (17%).

 

Bertolino, da Infor, desmistifica a questão: “A preocupação com o investimento alto inicial é uma herança dos tempos em que ainda não existiam soluções na nuvem. Agora, com o uso de metodologias ágeis e com as melhores práticas já embarcadas no software, o retorno do investimento acontece, normalmente, em dois anos e o tempo dos projetos é reduzido em 80% quando comparado ao passado. É preciso educar o mercado para este novo olhar”.

 

Já entre os benefícios mais esperados com a adoção de novas tecnologias, estão o aumento da eficiência operacional, com 14% dos votos, seguido da redução nos custos operacionais e da redução de erros e retrabalhos, ambos com 13% dos votos. De acordo com Bernardes, da Seal Sistemas, estas vantagens são largamente impulsionadas, principalmente, pela adoção do Voice Picking (coleta de dados por comando de voz), do WMS e da Inteligência Artificial.

 

“Um software WMS nativo na nuvem permite monitorar e gerenciar as atividades diárias de um armazém ou centro de distribuição, controlar o fluxo de estoque desde o recebimento até a expedição e fornecer visibilidade em tempo real das mercadorias armazenadas e em trânsito. A integração da IA ​​em um WMS contribui para a melhoria significativa na gestão de inventário, fornecendo análises avançadas e capacidades de otimização”, explica Bertolino.

 

Sudeste lidera percepção de digitalização da própria empresa

 

Na comparação por regiões, a pesquisa “O Armazém do Futuro” mostrou que os profissionais do Sudeste tiveram a maior avaliação sobre a percepção de digitalização do armazém da própria empresa: em uma escala de 1 a 5 pontos, os participantes avaliam o nível de digitalização de sua operação atual em 2,81, seguidos por Sul (2,67) e Nordeste (2,44).

 

Já na avaliação da digitalização dos concorrentes do mesmo setor, os participantes do Nordeste deram a nota mais alta (3,22), seguidos por Sudeste (2,95) e Sul (2,72).

 

Em ambos os casos, nota-se a necessidade de acelerar a digitalização das operações para atingir níveis mais positivos.

 

Nível de digitalização dos concorrentes é considerado maior

 

Um aspecto curioso da pesquisa foi a autoavaliação dos respondentes sobre o nível de digitalização do armazém da própria empresa em comparação aos concorrentes do mesmo setor: em uma escala de 1 a 5 pontos, os participantes avaliam o nível de digitalização de sua operação atual em 2,72, enquanto os concorrentes estariam mais próximos dos três pontos (2,94).

 

Comparando os diferentes setores que participaram do levantamento, os entrevistados da indústria automotiva foram os que tiveram a avaliação mais alta sobre o nível de digitalização do armazém da própria empresa (a nota foi 3,13). Na sequência, aparecem os setores de tecnologia (2,82), varejo (2,73) e manufatura (2,71).

 

Por outro lado, os setores com as avaliações mais baixas sobre o nível de digitalização da própria empresa foram as indústrias farmacêutica e metalúrgica (ambas com nota 2,50), além de logística/armazenagem (2,59).

Fonte: Divulgação