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imóveis novos
Foto: Freepik

Vendas de imóveis novos registram crescimento de 43,7%, revela indicador ABRAINC-Fipe

Mais de 179 mil unidades foram comercializadas nos últimos 12 meses até abril de 2024

19 de julho de 2024

As vendas de novos imóveis registraram uma alta de 43,7% no acumulado de 12 meses, encerrados em abril de 2024. Ao todo, foram comercializadas 179.861 unidades, aponta o indicador ABRAINC-FIPE. O estudo foi elaborado com dados de 20 empresas do setor pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) e a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE).

No período, o segmento de Médio e Alto Padrão (MAP) registrou um aumento de 13,7% no volume de unidades comercializadas e de 28,1% no valor de vendas. O valor total lançado teve uma alta significativa de 16,6%, reforçando a retomada nos lançamentos para o segmento. Atualmente, a duração dos estoques está em 12 meses, comparado aos 24 meses registrados no início de 2023, indicando que os estoques voltaram a níveis saudáveis, permitindo o retorno de novos projetos.

O segmento Minha Casa, Minha Vida (MCMV) apresentou um aumento significativo tanto na quantidade de unidades vendidas (56,9%) quanto no valor total de vendas ao longo dos últimos doze meses (65%). Além disso, houve um acréscimo expressivo de 29,2% no valor de venda dos lançamentos. Vale destacar que as recentes medidas do governo, como o FGTS Futuro, estão fortalecendo o mercado de habitação popular e ampliando o acesso à moradia para famílias de menor renda.

Segundo Luiz França, presidente da ABRAINC, com a aprovação da Reforma Tributária, o mercado imobiliário está ainda mais atento às implicações para os consumidores. “A entidade já vinha enfatizando a urgente necessidade de novas fontes de funding para expandir o acesso ao financiamento imobiliário, especialmente para a classe média. Com a proposta aprovada na Câmara, que deixou o Fator de Desconto sobre a Alíquota Modal para a incorporação em apenas 40%, podemos ver aumentos significativos na carga tributária sobre operações imobiliárias. Para mitigar esses efeitos, é necessário elevar o redutor para 60%, garantindo a manutenção da competitividade do mercado e facilitando o acesso à moradia para a população”, destaca. O executivo reforça que o setor, responsável por mais de 2,9 milhões de empregos formais e que representa 7% do PIB nacional, poderá ser severamente afetado pelo aumento proposto na carga tributária, que representa um acréscimo de 40% em relação ao nível atual, impactando nos custos de produção e, consequentemente, nos preços dos imóveis, os quais, aliados à falta de funding, criarão mais barreiras para o acesso da população à casa própria.

Atualmente, a relação distrato sobre venda no segmento de médio e alto padrão permanece em baixo patamar (11,9%). Quando a Lei dos Distratos foi sancionada, em 2018, essa relação era de cerca de 40%.

Abaixo mais números do setor:

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Fonte: ABRAINC