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Foto: Freepik

41% das startups brasileiras não recebem investimento: como mudar isso?

Segundo mentora de startups e cofundadora da Start Growth, investir em rede de contatos e estar atento ao timing para pedir investimento é essencial

27 de maio de 2024

Um estudo realizado pelo MIT Technology Review Brasil, em parceria com o Google Cloud, e divulgado no último mês de abril, mostrou que 41% das startups brasileiras não recebem nenhum tipo de investimento, e que obter recursos financeiros foi a dificuldade mais citada pelos fundadores, com 38,46% das respostas. O Startups Mindscape 2024 ouviu mais de 100 fundadores e co-fundadores de startups nacionais.

 

Segundo Marilucia Silva Pertile, mentora de startups e cofundadora da Start Growth, empresa que cria máquinas de marketing e vendas para startups que desejam potencializar seu crescimento e performance, startups normalmente precisam de investimento para crescer e a falta dele é realmente um dos grandes problemas para quem está empreendendo no setor. “Por essa razão é preciso, inicialmente, avaliar o timing para ir atrás de investimento. O momento ideal é quando a startup está indo para a etapa chamada “go to market”, pois, antes disso, ela está em um momento frágil para comprovar que a solução realmente será valorizada ou paga pelo mercado”, explica.

 

Para Marilucia, a empresa precisa avaliar se o que oferece tem um alto valor agregado, qual o ROI (Retorno sobre Investimento) e outros índices positivos. “Isso é feito através do go to market por meio de testes e MVP. Buscar investimento sem a comprovação desses pontos pode não adiantar, pois a solução será avaliada de forma arriscada pelo investidor, já que a empresa ainda vai precisar de mais esforço e mais dinheiro para validação do negócio”, diz.

 

A pesquisa também indicou que, na hora de captar recursos, 27,88% dos empreendedores disseram que tiveram como maior dificuldade o acesso a uma rede de contatos para se conectar com investidores. De acordo com Marilucia, esse ponto é muito importante. “De fato é essencial ter pessoas que ajudem nesta jornada, e isso é algo que vai sendo construído ao longo do negócio. Uma rede ativa ajuda a ampliar as possibilidades de investimento e obter ajuda personalizada quando necessário”, orienta.

Além da manutenção de uma rede ativa e de estar atento ao timing certo para pedir investimento, a cofundadora da Start Growth acredita que o empreendedor de startup que ainda não conseguiu investimento precisa ser resiliente e obstinado em encontrar uma solução para o problema que se dispõe a resolver. “Faz muita diferença ser apaixonado pelo negócio que está criando e gerenciando. O mais importante, inclusive, é desbravar o problema pelo qual a startup nasceu, o seu propósito de entregar valor à sociedade e gerar valor agregado e perceptível para que o cliente pague pela solução e para que novos clientes cheguem, ampliando os resultados positivos. Ou seja, é apaixonar-se muito mais pelo problema do que pela solução. E aí o sucesso do negócio, a atração de clientes e a obtenção de investimentos tendem a ser consequência”, finaliza.

Fonte: Assessoria