logo paraiba total
logo paraiba total
Foto: Freepik

Brasileiros aproveitam o trabalho remoto para conhecer regiões do Brasil e do mundo

Modelo de trabalho é atrativo para 85% dos profissionais, segundo estudo; Além de promover a inclusão e diversidade, home office também ajuda a atrair talentos de diferentes partes do mundo

24 de maio de 2024

De acordo com pesquisa HR Tech Infojobs, do Grupo Top RH, 85% dos trabalhadores informam que trocariam de trabalho por mais dias em trabalho remoto. Por mais que tenha sido uma necessidade de muitas empresas devido ao cenário da pandemia da COVID-19, muitas ainda adotam a forma de trabalho remote-first para promover a inclusão de talentos de diferentes partes do país e até de outras nacionalidades.

 

Ronaldo Tenório, CEO e cofundador da Hand Talk, startup pioneira no uso de inteligência artificial para acessibilidade digital, explica que o trabalho remoto é uma oportunidade para construir uma cultura organizacional centrada e forte, mas em muitos momentos é importante abdicar da necessidade de controlar tudo. “Para liderar um time que trabalha remotamente, praticar a descentralização de informações e o desapego para promover a autonomia dos profissionais são formas de permitir que a cultura de inovação faça parte do dia a dia da empresa. Além disso, o trabalho remoto é fator crucial para promover a diversidade e inclusão nas organizações, já que permite que pessoas com mobilidade reduzida ou com deficiência se sintam parte da cultura da organização”, afirma o executivo.

 

Para Cartpanda, startup de e-commerce, uma das principais vantagens em oferecer aos colaboradores um trabalho 100% remoto é ter acesso aos melhores profissionais para a empresa, independente de suas localizações. “Não ficamos limitados a pessoas de uma cidade ou região específica, pois temos acesso aos melhores profissionais do Brasil e também de outros países. Além disso, alcançamos um ambiente de trabalho mais leve e focado em resultados, em que os colaboradores se sentem mais à vontade para trabalhar dos locais de sua preferência, próximo de familiares e em ambientes mais confortáveis. Desta forma, conseguimos alcançar resultados ainda mais expressivos”, explica Lucas Castellani, fundador e CEO da startup.

 

Já para Fabiana Ramos, CEO da PinePR, agência de PR especializada no atendimento a scale-ups, empresas inovadoras e players de tecnologia, o home office e trabalho remoto foi sinônimo de engajamento dos colaboradores e crescimento da empresa. “Nós temos uma cultura muito forte, e mesmo trabalhando remotamente, nosso time se engaja para resultados incríveis. Continuamos crescendo e levando satisfação aos parceiros Pine. Além disso, trabalhar em um ambiente remoto nos deu possibilidades de contratar os melhores profissionais do Brasil, estando eles em diversos estados. Contamos com colaboradores do Rio de Janeiro (RJ), Porto Alegre (RS) e diversas cidades de São Paulo”, enaltece.

 

O home office é capaz de gerar diversas experiências aos colaboradores que aproveitam esse modelo para trabalhar de outros países ou estados. Confira abaixo três histórias:

 

1. Ana Sofia Gala, da Hand Talk

A profissional conta que sempre teve vontade de viajar e conhecer lugares novos, e, com o namorado, começou a planejar e buscar formas para realizar esse sonho. Ela também conta que o trabalho remoto possibilitou uma viagem por mais de seis meses ao redor da Europa. “A ideia começou bem mais modesta do que se tornou. Queríamos passar só três meses viajando, mas nos empolgamos no planejamento. A viagem começou em outubro do ano passado, que aproveitamos e pegamos três semanas de férias na Espanha. Depois disso, a ideia era ficar mais ou menos um mês em cada país. Tem um detalhe também de que brasileiro só pode passar, mais ou menos, três meses no Espaço Schengen (área composta por 27 países europeus que aboliram a necessidade de passaporte e outros tipos de controle de fronteira entre seus territórios) no período de seis meses. Então, para não termos que voltar para o Brasil e fazendo várias contas de dias que podemos passar em cada lugar, começamos a ir para alguns países mais ‘aleatórios’. Depois das férias na Espanha, ficamos mais ou menos um mês em Marselha (França), em Istambul (Turquia), Bucareste (Romênia), Novi Sad (Sérvia) e agora estamos em Rovaniemi (Finlândia)”, comenta Ana.

 

2. Larissa Marinho, da Cartpanda

A colaboradora explica que sempre teve o sonho de morar fora; logo, conseguiu se mudar para a Irlanda, mas depois de dois anos vivendo no país, voltou ao Brasil. Em 2021, conheceu a Cartpanda e, quando começou a fazer parte do time, percebeu que, por se tratar de um trabalho totalmente remoto, poderia voltar a morar na Europa. Dessa vez, ela iria realizar outro sonho: viver em Portugal, perto de amigos que já residiam no país. Logo, comunicou a empresa e, para seu alívio, eles não apenas autorizaram, como a incentivaram a trabalhar de onde quisesse. O trabalho 100% remoto permite a Larissa uma harmonia perfeita entre sua vida profissional e pessoal, alinhada aos objetivos. “Trabalhar remotamente para mim é essencial. Consigo organizar meu dia para me dedicar ao meu trabalho no horário em que me comprometi com a empresa e cuidar da minha saúde. Mesmo com a diferença do fuso horário, é perfeitamente possível conciliar tudo, pois, a Cartpanda de forma geral proporciona um ambiente tranquilo de trabalho, sem pressão ou cobrança desnecessária”, relata.

 

3. João Ricardo Câmara, da PinePR

João Ricardo Câmara vive no Rio de Janeiro (RJ) e faz parte da equipe da PinePR há 4 anos. “Trabalho em modalidade 100% remota desde março de 2020, com o início da pandemia. De lá para cá, tive a sorte de passar por empresas que priorizam esse modelo de trabalho, pois isso me permite ter uma qualidade de vida muito maior. Percebo uma tendência no mercado de retorno ao escritório e fico feliz de na PinePR ainda ser possível esse modelo, demonstrando confiança na autonomia e produtividade dos funcionários”, explica. Atualmente, ocupa o cargo de Coordenador de Marketing na agência, João acumula 8 anos de carreira no setor de comunicação, e já passou por empresas como Natura, Accenture e iFood, onde também atuou como Relações Públicas.

Fonte: Assessoria