logo paraiba total
logo paraiba total
Foto: Francisco França/Secom-PB

Brasil lidera América Latina em ranking da Associação Internacional de Congressos e Convenções

Em terceiro lugar considerando as Américas, país também voltou ao Top 20 da lista global, que reúne os 50 países que mais realizaram eventos presenciais oficiais da ICCA

20 de maio de 2024

O Brasil ficou em 1º lugar da América Latina e voltou ao Top 20 global no ranking da Associação Internacional de Congressos e Convenções (ICCA). O grupo divulgou, nesta segunda-feira (13), a seleção anual de países referente ao ano de 2023 de acordo com o número de eventos oficiais sediados. No levantamento, que inclui todo o continente americano, o país ficou em terceiro, atrás apenas dos Estados Unidos (líder mundial) e do Canadá, retomando a posição à frente do México.

O ranking soma mais de 10 mil eventos, reuniões e congressos realizados nos 12 meses do ano passado. No período, o Brasil soma 156 encontros presenciais do perfil ICCA, um aumento de 42% em relação a 2022. Primeiro lugar nas Américas e também no global, os Estados Unidos sediaram 690 eventos, seguidos, nas listas das Américas e Global, pelo Canadá, com 259 encontros. Considerando somente os países da América Latina, a Argentina ficou em segundo, com 145, e o México em terceiro, com 136.

Um evento de perfil ICCA tem, no mínimo, 50 participantes, acontece em pelo menos três países diferentes e tem periodicidade fixa.

O presidente da Embratur, Marcelo Freixo, destacou a importância para o Brasil do chamado turismo MICE (sigla em inglês para turismo de reuniões, incentivos e negócios internacionais). “Temos que dar muita atenção ao turismo de negócios, que é um dos que concentram o maior consumo por turista. E é uma modalidade, muitas vezes, invisibilizada, porque a pessoa viaja, mas está trabalhando no horário comercial, não está vestido com roupas leves para caminhar pelas ruas, por exemplo”, disse.

“E o fator econômico é muito importante pra gente, porque como eu sempre digo, é um dinheiro que entra no destino. É investimento, desenvolvimento e geração de emprego e renda. E é, também, uma chance que temos de fortalecer outros setores, como o cultural, o gastronômico e o histórico, que o turista pode visitar em um horário alternativo e, mais que isso, com boas experiências, pode voltar ao destino em outra ocasião, a lazer, com a família, o companheiro ou a companheira”, completou.

A diretora de Marketing Internacional, Negócios e Sustentabilidade da Embratur, Jaqueline Gil, lembrou da importância das parcerias para o resultado. “A colaboração entre a Embratur, os Conventions & Visitors Bureau do Brasil e organizações de marketing de destino é uma parceria estratégica que visa elevar ainda mais a posição do Brasil no cenário global de eventos, promovendo o Brasil de forma mais eficaz para atrair e sediar eventos internacionais”, disse.

“Ao captar novos eventos, espera-se um aumento na quantidade de eventos internacionais realizados no país, em um ciclo de trabalho estratégico, com precisão e consistência para garantir uma posição de destaque no cenário internacional de turismo de negócios e eventos”, completou a diretora.

Ranking global

No ranking global, que reúne os 50 maiores, o terceiro lugar ficou com a Espanha, com 505 eventos, e o Brasil ocupou a 20ª posição, retomando o patamar de 2019, atrás da República Tcheca, com 157, e na frente de Singapura, com 156 encontros em 2023. O último lugar geral ficou com o Peru, com 44. Nesse caso, a Argentina ficou em 25º, e o México, em 27º. E por cidade, São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF) e Foz do Iguaçu (PR) foram as principais localidades brasileiras na lista com 48, 39, sete e seis eventos, respectivamente.

Segundo o gerente de Turismo de Reuniões, Incentivos e Negócios Internacionais da Embratur, Alexandre Nakagawa, o crescimento no setor de turismo de negócios é uma das prioridades da Agência. “É uma das diretrizes da gestão Freixo o reposicionamento do Brasil como destino excelente no turismo de negócios e eventos. E esse anúncio do ranking corrobora exatamente com o trabalho que vem sendo feito. Hoje temos uma gerência exclusiva para esse setor e, junto, uma política de relacionamento com associações nacionais e internacionais para que o país seja visto, cada vez mais, como o destino de turismo de negócios e eventos no mundo”, afirmou o gerente.

Para o presidente da Unedestinos, Toni Sando, a escalada do Brasil no ranking significa que o país está se tornando mais competitivo. “A ascensão no ranking reflete o esforço contínuo em atrair e sediar eventos de alto nível, resultando em um impacto positivo direto na economia local e nacional. A conquista de uma posição mais alta no ranking da ICCA é o resultado de um trabalho árduo e meticuloso. Envolve pesquisa minuciosa, cadastramento preciso no banco de dados e colaboração estreita entre a Embratur e as Organizações de Visitors e de Conventions Bureaus. Essa parceria estratégica com equipe especializada no MICE visa promover os destinos brasileiros de forma eficaz e atrair um fluxo crescente de eventos internacionais”, comentou.

Já Roberta Werner, diretora-executiva do Visit Rio, ressaltou que o resultado do ranking superou as expectativas. “O reposicionamento do Brasil em rankings renomados como o do ICCA é um sinal promissor para o nosso setor, evidenciando o sucesso dos esforços em promover o país para o turismo de negócios. Esse resultado é particularmente gratificante para nós do Rio de Janeiro, que aparece na lista com um total de 39 eventos, um aumento de aproximadamente 34% em relação a 2022. Essa taxa superou nossas expectativas, inicialmente estabelecida em 25% de crescimento, e consolida, cada vez mais, a Cidade Maravilhosa como um destino não apenas de lazer, mas como um local atrativo para reuniões, eventos e congressos”, declarou.

Fonte: Embratur