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Foto: Estúdio WTF

Em congresso, executivo do Google diz que varejo vai precisar fazer mais com menos

Durante o Congresso Digitalização do Varejo 2024, Thiago Barroso, senior business executive do Google, abordou o poder da IA para transformar e facilitar a vida dos empreendedores e dos negócios digitais

17 de maio de 2024

o palco do auditório E-Commerce Brasil, durante o Congresso de Digitalização do Varejo, Thiago Barroso, senior business executive do Google, discutiu sobre o impacto da inteligência artificial na transformação e na simplificação da vida dos empreendedores e das empresas digitais.

Desde sua fundação em 1998, quando era apenas um indexador de páginas – hoje, simplesmente, o Google -, a empresa tem passado por uma jornada de constante inovação. Durante sua apresentação, o executivo abordou os diferentes produtos nos quais a inteligência artificial desempenha um papel crucial para impulsionar os negócios.

Embora muitas vezes não percebamos, a presença dessa tecnologia é onipresente em nosso dia a dia, como evidenciado pelo Google Maps (lançado em 2005), a função Street View (2007), a solução em nuvem para empresas B2B (2008), o Waze (2013), o Google IA First (2016) e o Google Immersive View (2023).

No entanto, o ano de 2024 representa um ponto de virada significativo; as mudanças no comportamento dos consumidores exigem uma atenção especial das empresas. “Grandes mudanças trazem consigo novas oportunidades”, enfatiza Barroso.

Jornada do consumidor

A complexidade da jornada do consumidor não é mais um segredo. Com um aumento de canais, formatos e dispositivos utilizados pelos clientes para buscar informações, cada vez mais, é impossível gerenciar tudo sem auxílio. “A jornada do consumidor não é mais linear, ela começa muito antes”, reitera o executivo do Google.

Diariamente, cerca de 15% das pesquisas realizadas são completamente novas, indicando uma constante mudança nos padrões de busca. O palestrante também observa que os métodos de pesquisa estão se expandindo para além dos tradicionais campos de busca.

Um exemplo mencionado no evento foi do Google Lens, que já conta com mais de 12 bilhões de pesquisas por mês. Além disso, é importante notar que, na atual jornada do consumidor, os usuários consultam em média mais de 5 fontes online antes de efetuarem uma compra.

Para completar a reflexão, embora aproximadamente 66% dos clientes busquem experiências personalizadas, é significativo notar que metade deles estaria disposta a trocar sua marca favorita por outra que oferecesse maior privacidade.

E agora, o que fazer com tudo isso?

O grande questionamento é “o que fazer daqui para frente?”. O varejo enfrenta a necessidade de se reinventar enquanto busca manter o crescimento e alcançar suas metas de lucratividade. Para Thiago Barroso, dois pontos se destacam como essenciais: “o que funcionou lá atrás, pode não funcionar daqui para frente” e “o varejo vai precisar fazer mais com menos”.

Barroso ressalta que a tecnologia será fundamental para acompanhar a evolução dos negócios. No Brasil, por exemplo, 46% dos consumidores já utilizaram a IA no último ano. “O foco é fazer a inteligência artificial ser útil para todo mundo, porém com responsabilidade e ética”, destaca.

O executivo ainda recomenda que as empresas coloquem a IA para trabalhar em benefício delas, usem novos prompts de segmentações – ao invés de “venda meu produto para mulheres de 18 a 25 procurando tênis para correr” a nova realidade deve ser “venda meu produto, com lucro, para quem estiver interessado nele”. Além disso, destaca a importância de disponibilizar os produtos em diversos canais de venda.

Para concluir, Thiago reforça que a IA deve servir de apoio: “a inteligência artificial não é o piloto, ele é o seu co-piloto”.

Fonte: Varejo SA