logo paraiba total
logo paraiba total
Foto: Foto: Divulgação/Doces por Áurea

Deputados aprovam lei que torna pastel de carne com açúcar patrimônio cultural imaterial da Paraíba

Projeto aguarda sanção do governado da Paraíba para entrar em vigor

24 de abril de 2024

A Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) aprovou durante a sessão dessa terça-feira (23), o Projeto de Lei que reconhece o pastel de carne com açúcar, um patrimônio cultural imaterial do estado. A propositura é do deputado estadual Tovar Correia Lima (PSDB) e, após a aprovação em plenário, segue para a sanção do governador João Azevêdo, para então entrar em vigor.

No início do ano, o pastel de festa, um dos nomes pelos quais a iguaria é conhecida, viralizou novamente após um corte de uma entrevista da paraibana Juliette Freire, ao podcast Podpah voltar a circular nas redes socias. Na conversa, a campeã do reallity show e cantora garantiu que o prato é incrível. “É bom, confiem em mim”, disse. Sabe coxinha? No Nordeste, é pastel de açúcar com carne. É carne salgada, pastelzinho frito como se fosse de feira e um açúcar branco por cima”, disse.

Durante a sessão, o deputado mencionou essa fala de Juliette. Na justificativa do projeto, Tovar explicou que o pastel de carne com açúcar é uma iguaria única da Paraíba, enraizada na culinária local e transmitida por tradições familiares ao longo das gerações. Já a deputada Cida Ramos se absteve na votação, argumentando que há outras comidas típicas na região, como as de tradição quilombola e indígena, que também mereceriam reconhecimento. A receita é encontrada com facilidade em lanchonetes, padarias e festas tradicionais e nos estados vizinhos. A versão citada por Juliette é recheada com carne bovina moída.

O projeto aguarda a sanção do governador para entrar em vigor.

A origem da iguaria não é paraibana, apesar do título que deve ser confirmado pelo governador. A história popular aponta que o quitute nasceu durante o fim de ano em Pernambuco. Com sobras do pernil e peru do Natal, fizeram um pastel e o “vestiram” de açúcar para a passagem do Ano-Novo. No entanto, esses pastéis têm suas raízes na pastilla e/ou bastilla, e até mesmo na bisteyaa, evidenciando a proximidade e influência da cozinha árabe e magrebe nas tradições culinárias, que são herdeiras da civilização do açúcar.

 

 

Fonte: Redação