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Foto: Freepik

Indicador ABRAINC-Fipe aponta crescimento de 39,8% na venda de imóveis

Total de unidades comercializadas nos 12 meses, encerrados em janeiro de 2024, passa de 171 mil 

16 de abril de 2024

As vendas de novos imóveis registraram uma alta de 39,8% no acumulado de 12 meses, encerrados em janeiro de 2024. Ao todo, foram comercializadas 171.627 unidades, aponta o indicador ABRAINC-FIPE. O bom desempenho das comercializações foi impulsionado tanto pelo segmento de Médio e Alto Padrão (MAP) quanto pelo Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), estabelecendo assim um novo recorde para o índice. O volume de vendas alcançado no início do ano é também o mais alto registrado até então para o período inicial das séries de vendas anuais. O estudo foi elaborado com dados de 20 empresas do setor pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) e a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE).

O segmento MAP continua a apresentar bom desempenho nas vendas, com alta de 15% no volume de unidades comercializadas e de 22,1% no valor de vendas. Apesar de uma redução de 0,4% no valor total lançado nesse segmento, há uma indicação clara de uma readequação gradual nos níveis de estoque do Médio e Alto Padrão. Atualmente, a duração da oferta está em 15 meses, contra os 24 meses registrados no início de 2023.

O Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) apresentou um aumento significativo tanto no volume de unidades comercializadas (52,6%) quanto no valor total de vendas ao longo dos doze meses (65,3%). Além disso, registrou-se um acréscimo expressivo de 57,1% no valor de venda dos lançamentos. Esses resultados positivos refletem as medidas implementadas para ampliar o acesso à moradia para famílias de baixa renda e destacam a importância de manter regras estáveis para o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), fundamental para o crédito imobiliário destinado a essa população. Iniciativas recentes, como a regulamentação do RET de 1% e o FGTS Futuro, fortalecem ainda mais a habitação popular, aumentando o poder de compra das famílias e facilitando a aquisição da casa própria. Essas ações também impulsionam o desenvolvimento social e econômico do país, contribuindo para o aumento da geração de empregos e renda.

A relação distrato sobre venda no MAP segue em um baixo patamar (11,5%), ressaltando a eficácia do marco legal estabelecido em 2018. Para se ter uma ideia, quando a Lei dos Distratos foi sancionada, essa relação era de cerca de 40%.

O presidente da ABRAINC, Luiz França, destaca que a continuidade da redução da taxa Selic em 2024 será um impulsionador significativo para o desenvolvimento desse setor, considerado crucial para a economia. Esses cortes nos juros não só beneficiam o setor, tornando os financiamentos habitacionais mais acessíveis, mas também impulsionam o progresso econômico e social do Brasil. Com a tendência de novas quedas da Selic, esperamos também um aumento nas vendas de imóveis para investimento, tornando-os ainda mais atrativos. Além disso, o acréscimo recente de 17% nos preços dos aluguéis, decorrente da valorização dos últimos 12 meses, fortalece a demanda por ativos imobiliários”, pontua o executivo.

Abaixo mais números do setor:

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Fonte: ABRAINC