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Foto: Freepik

Economia Criativa: o impacto da economia tecnológica e o caminho do empreendedorismo criativo

Regina Amorim aborda a influência da economia tecnológica nas atividades empresariais e sociais. Ela discute como a tecnologia está impactando diversos setores, como saúde, educação, finanças e produção alimentar, desencadeando transformações exponenciais.

15 de abril de 2024

Os negócios do futuro são movidos por uma economia de base tecnológica que impactam nas atividades da saúde, educação, finanças, produção alimentar e tantas outras, que nos deixa em meio a esse furacão de transformações exponenciais.

O futuro nos leva a um mundo de colaboração, compartilhamento, conexões entre povos e a preocupação ambiental. Com as mudanças tecnológicas, a qualificação é uma das soluções para promover o emprego e o empreendedorismo criativo é a saída contra o desemprego. A substituição da mão de obra pela tecnologia é uma das principais razões para o desemprego.

É preciso repensar a forma de produzir bens e serviços que atendam às necessidades básicas das pessoas e de uma sociedade ecologicamente mais sustentável. Produzir mais com menos trabalhadores é resultado da utilização de novas tecnologias, tais como o uso de robôs e da computação em chão de fábricas, contribuindo para o aumento da produtividade e da qualidade, a diminuição de preços, mas também o aumento de demissões em massa.

Automação, robótica e inteligência artificial estão substituindo o trabalho humano tanto no setor de serviços, quanto no setor de manufatura e logística. Máquinas de autoatendimento ou autosserviço agora vendem tudo, sem precisar de vendedor.

Estudos apontam que o número de lojas físicas tradicionais cresce apenas 2,8% ao ano nos Estados Unidos, enquanto as lojas online crescem 15% ao ano.

Reconhecer a premissa de que “produtividade cria mais emprego do que substitui”, no modelo econômico atual, não é mais verdadeira. Ou seja, os ganhos de produtividade, por meio das tecnologias inteligentes, continuam a diminuir a necessidade da mão de obra em massa e a necessidade do trabalho humano.

É preciso criar modelos de negócios, nessa nova economia, fomentar o desenvolvimento local sustentável, por meio do empreendedorismo criativo, com a sua capacidade de agir e poder influenciar decisões e comportamentos. O empreendedorismo é uma alternativa para o desenvolvimento econômico e social de qualquer País. Existem várias maneiras de desenvolver o crescimento pessoal na vida, que tem mais a ver com o capital intangível. Em um território, a energia criativa das pessoas pode fluir em direção à colaboração, participação, preservação e inclusão.

Os erros e acertos são as lições que precisam ficar em nós, pois elas têm a capacidade de mudar a nossa forma de pensar, de agir, de aprender e quando aliada à criatividade, podem ser aplicadas em outras ocasiões.

Empreender é um exercício permanente de imaginar, criar, planejar, fazer acontecer. Muitas empresas bem-sucedidas são de pessoas que estavam dispostas a sair da rotina, acreditaram no seu talento e iniciaram seu próprio negócio.

Empreender de forma criativa, pode acontecer em qualquer lugar, em qualquer situação. É estar aberto para o novo, explorar as oportunidades e embarcar na melhor possibilidade de desenvolvimento do negócio, avaliando riscos, lucratividade, estratégia competitiva diferenciada e analisando o desempenho de experiências similares.

É a criatividade que possibilita as oportunidades de diferenciar um negócio dos demais similares. Sem criatividade, qualquer negócio será mais um, sem possibilidades de sucesso mercadológico, pois não tem diferencial, não acompanha as mudanças e as necessidades dos consumidores. O empreendedor precisa ter em mente onde está, para onde vai e como vai ser possível chegar lá.

Se estamos vivendo uma economia de base tecnológica, o pensamento empreendedor também precisa ser de base tecnológica. Nunca tivemos tantas oportunidades para empreender como temos agora, com a revolução tecnológica. Somos livres para experimentar coisas novas e descobrir os seus efeitos na sociedade. Podemos criar um modelo de pensamento econômico, capaz de desenvolver empresas em uma economia mais humana, abundante e mais justa.

As cidades são centros de negócios com grande poder na geração de riquezas, mas também com muitos desafios econômicos a serem resolvidos. Portanto, nosso destino é ser transformador ou vítima da transformação. Isso quer dizer que, se você não estiver transformando a sua empresa, alguém estará. Buscar novos caminhos é uma maneira positiva de impactar o mundo.

Regina Amorim

Foto: Linkedin

Sobre Regina Amorim

É gestora de Turismo e Economia Criativa do Sebrae/PB. Formada em Economia pela UFPB, 1980, com Especialização em Gestão e Marketing do Turismo pela UNB – Universidade de Brasília e com Mestrado em Visão Territorial para o Desenvolvimento Sustentável, pela Universidade de Valência – Espanha e Universidade Corporativa SEBRAE.