Turismo: 97,37% dos turistas que visitaram a Paraíba pretendem retornar ao estado, aponta Fecomércio

Terra de paisagens exuberantes e um povo que sabe receber bem, a Paraíba mais uma vez se destaca como destino turístico nacional, uma vez que 97,37% dos turistas que visitaram o estado neste verão pretendem retornar, e 97,84% tiveram suas expectativas atendidas ou superadas. Os dados são da Fecomércio Paraíba, divulgados na Pesquisa Anual do Desempenho do Turismo na Região Metropolitana de João Pessoa. Com o intuito de compartilhar insights valiosos sobre o florescimento da atividade turística na região durante o verão 2023/2024, a pesquisa é um panorama do perfil e opinião dos turistas sobre diversos aspectos, como gastronomia, atrações turísticas, transporte, sinalização, segurança pública, entre outros.

Este levantamento tem como objetivo disseminar informações e ser um instrumento capaz de subsidiar o planejamento da atividade turística, que apresenta as principais necessidades e tendências para o futuro, de modo a orientar as políticas públicas voltadas para o desenvolvimento do turismo de forma sustentável, como também os investimentos de negócios e o trade turístico de um modo geral. A pesquisa completa pode ser acessada no site www.fecomercio-pb.com.br.

Mais uma vez, as praias foram o destaque da aprovação dos turistas, considerado como ponto positivo por 47,76% dos entrevistados. Em seguida aparecem a receptividade do paraibano (12,06%) e a gastronomia (11,90%). Entre as praias visitadas, o destaque foi para Cabo Branco (72,30%) e Tambaú (69,34%), por serem praias urbanas e de fácil acesso, localizadas em uma área com uma vasta opção de rede hoteleira, bares e restaurantes. Em seguida, estão as praias do Bessa (51,22%), Manaíra (37,63%), Coqueirinho (35,02%), Cabedelo (27,70%), Seixas (25,78%) e Tambaba (22,13%). Outros pontos turísticos visitados foram a Feirinha de Tambaú (46,93%), Pôr do Sol do Jacaré (41,98%), Mercado de Artesanato Paraibano (31,37%), o Parque Solon de Lucena (Lagoa) (28,07%), Centro Histórico de João Pessoa (24,29%) e Farol do Cabo Branco (23,58%). Além de João Pessoa, 12,83% dos entrevistados aproveitaram a viagem para conhecer ou visitar outras cidades. Destes, 18,07% estiveram em Campina Grande, 13,25% em Guarabira, 9,64% em Patos e 8,43% em Bananeiras.

Perfil do turista

A maior parte dos respondentes são do sexo feminino (53,01%), solteiros 47,76%), com idade entre 26 e 35 anos (28,28%) com renda entre dois e quatro salários mínimos (31,68%). Do total, 52,55% possuem nível superior completo, e 33,85% são funcionários de empresa privada. A maior parte dos turistas são procedentes da própria região Nordeste, com 46,52% dos entrevistados, seguidos pelos oriundos do Sudeste (30,34%), Centro-oeste (8,96%), Sul (7,26%) e Norte (4,02%). Já 50,08% chegaram à RMJP de avião, enquanto 35,24% vieram de ônibus e 10,05% de automóvel particular.

Sobre a frequência da visita ao estado, 69,55% já estiveram na Paraíba anteriormente, enquanto 30,45% estavam visitando pela primeira vez. O principal motivo da visita foi o Turismo de Lazer, respondido por 63,52%. Em seguida aparecem visita a familiares e amigos (17,62%) e eventos (8,66%). A casa de parentes e amigos foi o meio de hospedagem mais utilizado pelos entrevistados, respondido por 48,38%, seguidos pelos que se hospedaram em hotéis (16,54%) e imóveis alugados (12,67%). Para a escolha do meio de hospedagem, a maior parte decidiu através do convite de familiares ou amigos (48,38%). Em seguida, aparecem os que fizeram pesquisa na internet ou aplicativo (33,23%). O tempo médio de estadia dos turistas foi de nove dias.

A visita dos turistas movimentou os bares e restaurantes da região metropolitana, uma vez que a maioria (79,91%) fez suas refeições nestes locais. Outros locais citados para as refeições foram a casa onde estiveram hospedados (65,53%) e lanchonetes (34,47%). No geral, o gasto médio do turista que visitou a região metropolitana de João Pessoa foi R$ 167,22, sendo a maior parte dos gastos direcionada para a alimentação, citada por 45,81% do total de respondentes, seguido por gastos com hospedagem (21,64%), diversão (20,81%), compras (6,54%) e outros gastos (4,36%).

O que mais atraiu os turistas no verão de João Pessoa foram as praias (79,18%), os atrativos naturais (37,77%), indicação de amigos ou parentes (27,12%), propaganda na internet (16,46%) e o preço da viagem mais adequado (15,50%). Do total de entrevistados, 44,51% estavam viajando com a família, enquanto 37,71% estavam sozinhos e 16,69% em grupo.

Avaliação dos serviços e infraestrutura

A receptividade do povo paraibano, apesar de não ser exatamente um serviço, mas que está intimamente ligada ao nível de satisfação do turista, registrou um índice de satisfação “ótimo ou bom” de 97,01%. Com relação aos serviços turísticos propriamente ditos, a gastronomia paraibana obteve o maior percentual de aprovação, sendo avaliada como “ótima ou boa” por 98,07% dos respondentes entrevistados, sendo este o maior percentual desde o início da pesquisa em 2006. Em seguida, aparecem diversão noturna (96,09%), guia de turismo (95,12%), qualidade do atendimento na hospedagem (94,12%), qualidade das instalações de hospedagem (93,56%) e comércio (90,93%).

Com exceção de transporte público urbano, que registrou percentual de 56,72% na avaliação de “ótima ou boa”, os demais serviços públicos oferecidos aos turistas foram bem avaliados com indicação de “ótima ou boa” acima de 70%, com destaque para os serviços prestados pelos taxistas (95,77%) e sinalização urbana (87,66%) na cidade de João Pessoa. A limpeza pública registrou taxa de avaliação de “ótima ou boa” de 85,32% este ano, enquanto o serviço de segurança pública apresentou avaliação “ótima ou boa” de 85,20%. Os serviços de comunicação e de sinalização urbana na Cidade de João Pessoa receberam avaliação de “ótima” ou “boa” de 84,77% e 87,66% respectivamente.

O transporte público urbano na RMJP foi o segundo serviço que apresentou pior desempenho se comparado ao mesmo período de 2023, com queda de 6,62p.p, passando de 63,34% de classificação “ótima ou boa” em 2023 para 56,72% este ano. Quanto aos serviços médicos e hospitalares, a pesquisa revelou que, este ano, a maioria (83,33%) dos visitantes que procurou algum atendimento na área de saúde avaliou como sendo “ótimo ou bom”.

Do total de respondentes que compunha a amostra, 2,94% afirmaram ser portadores de algum tipo de necessidade especial ou tinham alguém no seu grupo que necessitava de cuidados especiais. Deste total, 50% não sentiu dificuldades de acessibilidade na RMJP, e dentre as principais dificuldades encontradas pela outra metade estão a falta de acessibilidade nas calçadas, principalmente no Centro de João Pessoa (33,33%) e em Manaíra (8,33%). Em seguida, vem a falta de elevador no mercado de artesanato paraibano, citada por 16,67% do total desse grupo.

Pontos de melhorias apontados pelos turistas

Foi solicitado aos entrevistados que indicassem quais os pontos de melhoria que encontraram durante sua estadia na RMJP. Entre os mais citados pelos entrevistados estão a sensação de insegurança nos bairros de João Pessoa, principalmente, no Centro (10,99%), trânsito confuso (9,62%), preços abusivos em bares e restaurantes, principalmente no Litoral Sul (8,52%), falta de divulgação dos pontos turísticos pela rede hoteleira e limpeza pública nos bairros de João Pessoa, com 8,24% das respostas cada, falta de campanha educativa para que os motoristas respeitem a faixa de pedestre (7,14%) e dificuldade de encontrar pontos de informações turísticas na RMJP, alguns se encontram fechados e outros com informantes despreparados (6,87%).

Metodologia

O levantamento das informações ocorreu no período de 02 a 16 de janeiro de 2024, quando foi levantada uma amostra de 647 turistas entrevistados. O processo da coleta das informações desenvolveu-se de forma aleatória, em diversos pontos da RMJP, a exemplo do Aeroporto Internacional Castro Pinto, Terminal Rodoviário Severino Camelo e em pontos turísticos e de serviços instalados nas cidades que integram a RMJP. É importante ressaltar que, em algumas questões, os entrevistados poderiam indicar mais de uma alternativa como resposta. Nesses casos, a soma dos percentuais das respostas ultrapassa cem por cento.

Fonte: Fecomercio