Economia Criativa, por Regina Amorim: O empreendedorismo criativo e a geração de impacto positivo na sociedade
13 de novembro de 2023
Os empreendedores criativos estão revolucionando as relações entre pessoas e trabalho, sempre criando formas inovadoras de negócios, na busca de algo que dê sentido para a vida.
São eles a geração que surgiu com a revolução digital, que sabem utilizar as redes para pesquisar, trocar experiências e informações, transformar novas ideias em novos negócios. Não podemos garantir que todas as nossas decisões ou invenções venham gerar bons resultados. Por isso é preciso ser cauteloso com aquilo que pensamos ou que sabemos.
Empreendedores criativos conseguem enxergar o que a maioria de nós não é capaz de perceber. São pessoas com capacidade de tocar a alma antes de conquistar a mente, inspirar a fazer coisas que parecem até irracionais. Também se destacam em tornar o mundo mais criativo e gerar impacto positivo na sociedade.
Mas, se fôssemos apenas racionais, não haveria pequenos negócios e nem empreendedores para criar todas as inovações que temos nos dias atuais. Produtos e serviços não são apenas símbolos do que as empresas acreditam, mas também são símbolos daquilo que os consumidores aceitam.
O caminho para a inovação é fazer diferente, construir o futuro do mercado criativo. É reconfigurar a forma de trabalhar para sobreviver. Trazer significados para a sua marca, para a sua atividade empresarial e para a sociedade. Pessoas preferem fazer negócio com marcas autênticas. Autenticidade significa estar em equilíbrio, entre o que diz, o que faz e o que acredita. Quando você contrata gente que reconhece aquilo que você acredita, o sucesso é uma consequência natural.
Uma forma de pensar criativamente dentro das empresas é escolher alguns funcionários para compor a área de inovação e ao devolvê-los para seu departamento de origem é possível que eles possam influenciar a equipe com uma atitude mais criativa e novos projetos.
Não é função do líder ter todas as grandes ideias, mas criar um ambiente no qual boas ideias possam surgir. Um ambiente criativo e inovador precisa ser descontraído.
Empreendedores criativos são capazes de desenvolver e implementar novas formas de fazer negócios sustentáveis, porque as mudanças são necessárias para um futuro viável. A postura mais empreendedora dentro das empresas é o caminho para que elas se mantenham viáveis.
Quando funcionários se identificam com a seu propósito, eles se comprometem com os resultados da sua empresa. A busca pelo que está sendo feito, de criativo e inovador deve ser um processo contínuo de aprendizado, de ideias e de um futuro desejável.
As empresas precisam investir em pessoas mais curiosas, que gostam de pesquisar, avaliar conteúdos e formar pensamentos. Trabalhar com equipes que buscam referências e experiências em cursos, palestras, eventos e viagens que tragam conhecimento e inspiração é para as empresas, uma prática importante de estímulo à criatividade.
Investir em talentos e na capacidade empreendedora das pessoas contribui para acelerar o processo de mudanças, apostar na criatividade e na tecnologia como ferramentas de transformação. A necessidade de mudanças no mercado abre espaço para um novo modelo econômico, mais adaptado para um mundo menos competitivo e mais colaborativo.
Empresas inovadoras vendem mais que produtos e serviços. Elas vendem ideias, conceitos, experiências e credibilidade. A relação de confiança entre a direção e os funcionários deve fazer parte da cultura das organizações, das suas crenças e valores comuns, como regra básica e não como exceção. Ela é tão importante para as empresas e para as comunidades, quanto as habilidades e talentos das pessoas.
Evoluir e ser competitivo são características decisivas para empreender no cenário de negócios contemporâneos e de profissões do futuro. Empreender é buscar o novo, o que é útil e relevante. É aprender, observar, experimentar, errar e acertar.
Para ser um empreendedor criativo é preciso ter um pouco de ousadia, coragem e acreditar que pode fazer acontecer. É fundamental cultivar a visão de futuro, realizar as mudanças indispensáveis e contribuir para um mundo melhor. Nem sempre os insights devem caminhar para “reinventar a roda”, mas sim, fazê-la girar melhor, para os que a utilizam no tempo presente.
Sobre Regina Amorim
É gestora de Turismo e Economia Criativa do Sebrae/PB. Formada em Economia pela UFPB, 1980, com Especialização em Gestão e Marketing do Turismo pela UNB – Universidade de Brasília e com Mestrado em Visão Territorial para o Desenvolvimento Sustentável, pela Universidade de Valência – Espanha e Universidade Corporativa SEBRAE.
