
Ibovespa vira e passa a seguir recuperação no exterior; veja movimentações do mercado financeiro
Mercado reduz aposta de alta de juros ainda mais agressiva do Fed, conforme alta de 0,75 ponto percentual volta a ganhar força
15 de julho de 2022
O Ibovespa virou para alta nesta sexta-feira, 15, passando a acompanhar a recuperação de índices internacionais.
- Ibovespa: + 0,48%, 96.578 pontos
Bolsas da Europa e Estados Unidos sobem nesta sexta, tendo como pano de fundo a redução das apostas de que o Federal Reserve (Fed) irá intensificar a alta de juro para 1 ponto percentual na próxima reunião.
- S&P 500 (EUA): + 1,71%
- Stoxx 600 (Europa): + 1,63%
A probabilidade, que chegou a ficar acima de 80% na véspera, caiu para baixo de 40% nesta sexta, segundo o monitor do CME Group. A chance de mais uma alta de 0,75 p.p., como na última decisão, saltou para cima de 50%.
A expectativa de que os juros americanos subam de forma menos agressiva também contribui com a queda do dólar frente a divisas desenvolvidas. No Brasil, a moeda americana chega a cair 1%, sendo negociada abaixo de R$ 5,40.
- Dólar: – 0,90%, R$ 5,384
O principal índice da B3 passou a primeira metade do pregão em queda, pressionado pela desvalorização das ações da Vale.
Apesar da desvalorização do minério de ferro na China, nesta madrugada, as ações da companhia entraram no campo positivo no início da tarde, retomando parte das perdas do último pregão, quando desabou 6,66%.
- Vale (VALE3): + 0,19%
A commodity teve mais uma sessão negativa em Dalian, com perspectivas pessimistas sobre a demanda. O PIB chinês, divulgado na última noite, desacelerou de 4,8% para 0,4% no segundo trimestre.
“As ações da Vale vinham caindo muito mais que o minério de ferro, indicando que, relativamente, há um desconto nas ações”, disse Bruno Lima, head de análise de ações do BTG Pactual, em morning call desta sexta.
Ações em destaque
Apesar da maior aversão ao risco no mercado local, as ações da Méliuz saltam mais de 6%, com investidores reagindo à prévia operacional do segundo trimestre, divulgada na última noite. A companhia registrou GMV de R$ 1,419 bilhão no segundo trimestre, representando um aumento de 24% em relação ao mesmo período do ano passado. O take rate subiu 0,8 p.p. na comparação anual para 6,3%.
“Esse crescimento é explicado principalmente pela contínua melhora nas negociações com os parceiros ao longo dos últimos trimestres, com o Méliuz sendo canal chave para estes parceiros continuarem alavancando suas vendas”, disse a Méliuz em comunicado.
- Méliuz (CASH3): + 6,31%
Já a Camil, que apresentou balanço para o período de março a maio deste ano, cai mais de 8%. O lucro da Camil caiu 10,5% para R$ 97 milhões, com queda de margem de 0,8 p.p. para 4%.
- Camil (CAML3): – 8,29%