Apoio do BNB beneficia 50 produtores de mel no Sertão paraibano
Grupo de apicultores recebeu R＄ 915 mil em investimentos, em 2021
14 de fevereiro de 2022
O Programa de Desenvolvimento Territorial (Prodeter), do Banco do Nordeste, está atendendo 50 produtores de mel das localidades de São José de Princesa, Água Branca, Juru e Tavares, no Sertão da Paraíba. Além de disponibilizar R＄ 915 mil em investimentos, em 2021, o programa oferece consultoria técnica, realiza encontros virtuais e presenciais para tratar do manejo adequado do mel, discute estratégias de comercialização e cooperativismo e promove visitas técnicas a outras organizações, como a Cooperativa de Apicultores do Sertão, no município de Aparecida.
Um exemplo dos resultados alcançados com o Programa é a família do apicultor Bruno Bezerra de Araújo, de São José de Princesa, que produzia 300 kg de mel por ano. Depois de receber crédito e orientação técnica do Banco do Nordeste, ele já produz duas toneladas de produto por ano e quer mais. O objetivo, agora, é chegar à produção anual em quatro toneladas nos próximos anos. Segundo Bruno, é possível continuar aumentando a produção com a mesma qualidade. A avaliação do apicultor é que a florada nativa é favorável à qualidade do mel, momento em que as abelhas polinizam em marmeleiros, juazeiros, aroeiras e umbuzeiros. “O nosso mel apresenta uma qualidade que os clientes aprovam e nossas vendas são de garrafas de meio kg a R＄ 12,50 cada uma”, destaca o produtor.
A mudança na produtividade que resultou em aumento de mais de 660% começou quando o cliente acessou o crédito do Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf) para estruturar a produção. Com uma unidade de extração seguindo as normas técnicas e selo do Serviço de Inspeção Municipal (SIM) de Princesa Isabel, foram avaliados o modelo de conservação, comercialização e mercado potencial. Com isso, foi possível levar o mel para outras localidades.
O agente de desenvolvimento do Banco do Nordeste, Genival Bezerra Junior, ressalta que para o primeiro semestre do ano, o Prodeter Apicultura da região deve mobilizar o cooperativismo, a fim de gerar as certificações necessárias para atestar o controle de qualidade da produção. “O crédito é um dos pilares de fortalecimento da cadeia produtiva e trabalhamos com parcerias para que a atividade adquira melhores condições para os produtores, impactando no produto final que será comercializado”, explica Genival.
Participam do Prodeter Apicultura as Secretárias de Agricultura dos municípios envolvidos, Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural e Regularização Fundiária (Empaer), Associação dos Criadores de Abelhas e Agricultores Familiares de Água Branca e Região (Afamel), Associação dos Criadores de Abelhas de Princesa Isabel (Ascapi), Instituto Federal da Paraíba (IFPB), Secretaria Estadual de Agricultura Familiar e prefeituras municipais.
