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moda íntima
Foto: Freepik

Dia dos Namorados: Moda íntima deve aquecer o varejo com R$ 1,5 bilhão em vendas

Mesmo com cenário macroeconômico desafiador, setor projeta crescimento de 4% em volume de peças e 10% em receita no mês de junho

5 de junho de 2025

Com a proximidade do Dia dos Namorados, o varejo de moda íntima se prepara para uma das datas mais relevantes do calendário comercial. Segundo projeções do IEMI – Inteligência de Mercado, o segmento deve registrar a venda de 62,3 milhões de peças íntimas em junho de 2025, crescimento de 4% em relação ao mesmo período do ano passado. Em termos de receita, o avanço deve ser ainda mais expressivo, com alta de 10%, atingindo a marca de R$ 1,5 bilhão em valores nominais, ou seja, sem desconto da inflação no período.

“O desempenho positivo ocorre mesmo diante de um contexto econômico adverso, marcado por desaceleração da atividade, crédito mais restrito, alta da taxa de câmbio e instabilidades no comércio internacional, como os desdobramentos das tarifas dos EUA. Ainda assim, o apelo emocional da data e a renovação das coleções outono/inverno ajudam a impulsionar o setor, que mantém forte conexão com o comportamento do consumidor”, analisa o economista Marcelo Prado, sócio-diretor do IEMI – Inteligência de Mercado.

 

Tabela 1: Varejo de Moda Íntima – Dia dos Namorados (junho)
2024 2025 Var. % 25/24
Volume (peças) 59,9 milhões 62,3 milhões 4,0%
Valor (R$) 1,3 bilhão 1,5 bilhão 10,0%

Fonte: IEMI

 

Além das estimativas para o Dia dos Namorados, o IEMI acaba de lançar o estudo Mercado Potencial de Moda Íntima / Dormir e Meias 2025, com a análise de oferta e demanda nos últimos cinco anos no país. O levantamento revela que, no ano passado, o consumo aparente de roupas íntimas e de dormir cresceu 10,6% em volume de peças e 9,1% em valores nominais, refletindo a força do mercado interno.

Importações em ascensão

Apesar do crescimento da produção nacional, que avançou 5% em 2024, as importações dispararam 56,3%, passando de 92,8 milhões para 145,1 milhões de peças. Com isso, a participação de produtos importados sobre o consumo interno saltou de 10,9% para 15,4%, com destaque para a China, que respondeu por 73% das peças importadas. No sentido oposto, as exportações registraram aumento mais modesto, de 8,3% no mesmo intervalo.

O relatório reforça o dinamismo do segmento de moda íntima/dormir e meias e sua relevância no varejo de vestuário, ao mesmo tempo em que acende o alerta para os desafios competitivos trazidos pela alta das importações. Para especialistas, a capacidade de inovação, a agilidade logística e a aposta em diferenciais como conforto e sustentabilidade serão determinantes para o fortalecimento da indústria nacional de moda íntima nos próximos ciclos.

 

Consumo aparente de roupas íntimas/dormir no Brasil (peças) (1) (2) (3)
. Descrição 2023 2024 Var. % 24/23
Produção 767,5 milhões 806,0 milhões 5,0%
Importação 92,8 milhões 145,1 milhões 56,3%
Exportação 11,1 milhões 12,0 milhões 8,3%
Consumo aparente 849,3 milhões 939,1 milhões 10,6%
Participação importação (%) 10,9% 15,4%
Participação exportação (%) 1,4% 1,5%

Fonte: IEMI

Notas: (1) Consumo aparente = produção + importação – exportação
(2) Participação do importado = importação sobre o consumo aparente
(3) Participação do exportado = exportação sobre a produção nacional

Moda Íntima, Dia dos Namorados, Varejo de Vestuário, Importações, Indústria Têxtil

Fonte: Assessoria