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Foto: Freepik

Sudene apresenta Programa Impacta Bioeconomia e reforça potencial de biomas do Nordeste

Iniciativa visa impulsionar a produção sustentável no setor de saúde e expandir a bioeconomia no Nordeste

25 de fevereiro de 2025

A Sudene ganhou destaque durante o III Seminário do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia do Complexo Econômico Industrial da Saúde (iCeis), realizado no Recife. O evento, que reuniu gestores públicos, empreendedores e pesquisadores entre os dias 17 e 21, foi uma plataforma para a autarquia apresentar os avanços do Programa Impacta Bioeconomia. A iniciativa busca impulsionar a produção sustentável de medicamentos e cosméticos com base nos biomas característicos da área de atuação da Sudene, explorando a biodiversidade nordestina para o desenvolvimento de soluções tecnológicas para a área da saúde.

José Farias, economista e representante da Sudene, destacou os resultados preliminares promissores do programa, que está abrindo novas perspectivas para a bioeconomia no Nordeste, focando na agricultura familiar e no cooperativismo. “Estamos transformando insumos típicos da região, como o maracujá da caatinga, licuri, umbu, pitanga e acerola, em produtos de alto valor agregado para o mercado nacional e internacional. Isso vai além de simples matérias-primas, já que o cooperativismo, que é a base desse modelo, proporciona autonomia e crescimento para pequenos produtores,” comentou Farias.

O Impacta Bioeconomia, desenvolvido em parceria com as Universidades Federal de Pernambuco (UFPE) e do Vale do São Francisco (Univasf), propõe a estruturação de cadeias produtivas sustentáveis a partir dos recursos naturais abundantes no território nordestino. A ideia é usar o potencial dessas organizações já estruturadas e investir em intervenções tecnológicas que aumentem a produtividade, permitam o lançamento de novos produtos e ampliem o valor de mercado das produções. Maracujá da caatinga, licuri, umbu, pitanga e acerola são alguns dos insumos da caatinga que estão sendo estudados.

De acordo com Farias, o programa tem fornecido uma ampla viabilidade econômica e financeira para a produção de produtos em conjunto com cooperativas. “A geração de renda para o agricultor familiar se intensifica, fazendo com que esse grupo avance seus passos para ter mais tecnologia e conhecimento no mercado de suplementos alimentares, extratos e bioativos, podendo vender e ter relações comerciais com grandes empresas sem serem apenas fornecedoras de matéria-prima bruta”, explicou.

O Impacta Bioeconomia tem investimento de R$ 553 mil da Sudene. A rede conta com a parceria das cooperativas Coopercuc (Cooperativa Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá), localizada na Bahia, e a Cooates (Cooperativa de Trabalho Agrícola, Assistência Técnica e Serviços), de Pernambuco.

Fonte: Sudene