
Ecossistemas de inovação se consolidam na PB com apoio ao empreendedorismo e desenvolvimento local
Os núcleos apoiados pelo Sebrae/PB são nas cidades de João Pessoa, Guarabira, Campina Grande, Sousa e Cajazeiras
17 de janeiro de 2025
A integração a um ecossistema de inovação tem se tornado essencial para empresas que buscam se manter competitivas em um mercado em constante transformação. Cinco deles se consolidaram em 2024 na Paraíba com ações em formação empreendedora e desenvolvimento local. Os ecossistemas ou núcleos de inovações existentes no estado desde 2022, são nas cidades de João Pessoa (Farol Digital), Campina Grande, (E.InovCG), Sousa, (Hub DinoValley), Cajazeiras e Guarabira. Monteiro e Patos integram o grupo em 2025, formando sete ecossistemas.
Todos os ecossistemas paraibanos trabalharam em busca da formalização das empresas ou startups, fomento econômico e difusão de informações. O ecossistema de Campina Grande executou ações em 2024 como estabelecer um regulamento para o E.InovCG, definindo como funciona, quem pode participar e como contribuir, desenvolvido de forma colaborativa. Criou ainda o Roteiro Turístico Caminhos da Inovação, além de uma agenda fixa para as ações do grupo.
A analista técnica da agência do Sebrae/PB em Campina Grande, Ivana Sena, ajudou a criar o E.InovCG e explicou como é a forma de trabalho desses ecossistemas, que subdivide em hélices as ações. “Nós trabalhamos em OKRs, que são objetivos para resultados, um deles é a comunicação. Envolvemos as empresas num ambiente acolhedor, onde há desenvolvedores de ideias e consolidação das cadeias produtivas envolvidas. A gente fez uma apresentação no final do ano com todos os resultados e nesses cinco ecossistemas todos os objetivos foram alcançados. Agora, vamos partir para ampliar o trabalho com mais dois novos ecossistemas, somando sete ao todo”, detalhou.
Ivana Sena lembrou que projetos colaborativos, como o Hackathon da NASA e o E.Criativa, foram realizados. Está em processo de validação para implementação em uma unidade educacional o programa de capacitação do E.InovCG. O conceito de ecossistema, amplamente difundido pelo Sebrae, destaca a importância de criar um ambiente colaborativo em que empresas, startups, universidades, governo e instituições de apoio se conectem para compartilhar conhecimento, recursos e soluções tecnológicas.
O que uma empresa ganha ao se unir a um ecossistema de inovação?
A empresária do ecossistema de Campina Grande, Juliana Dutra, fez a rede de contatos com alguns atores da metodologia do ecossistema. Ela é também escritora, possui uma startup e faz parte do núcleo de inovação de Campina Grande, E.InovCG, há dois anos. Juliana acredita que participar desse núcleo tem feito a diferença e destacou as conexões realizadas, os eventos que tem participado e contribuído para enxergar o mercado, as possibilidades, a inovação e a criatividade de uma outra forma muito mais ampla, com mais alcance.
“Eu tenho me conectado com pessoas, com empresas e instituições que têm agregado valor, tanto ao meu trabalho, a minha pessoa, quanto também ao trabalho que a minha empresa realiza. E estar nesse grupo faz com que a gente cresça, se desenvolva e possa contribuir com o crescimento e desenvolvimento de outras pessoas e empresas”, falou.
O Brasil ainda enfrenta desafios como burocracia, carga tributária e infraestrutura limitada, mas continua relevante em inovação global. Conforme o Sebrae, mais de 30% dos investimentos globais são em inovação e concentrados em inteligência artificial e machine learning. O setor de tecnologia climática cresceu 20% ao ano, com destaque para startups de transição energética e redução de carbono. As novas tendências são a expansão de ecossistemas em cidades médias, além do crescimento de hubs em mercados emergentes, como África e América Latina.